Secretários dão de dedo e um até mostra a língua para “salvar” Bernal
Quase todos os secretários do prefeito Alcides Bernal (PP) participaram ontem ativamente das manifestações contra o julgamento do chefe do Executivo na Câmara de Campo Grande. Alguns, porém, acabaram se extrapolando, discutindo muito duramente com adversários e até com policiais militares.
Exaltado, o superintendente de Comunicação da Prefeitura de Campo Grande, publicitário Djalma Jardim, chegou a fazer gesto obsceno com o dedo médio. Importado de Santa Catarina por Bernal para sua campanha eleitoral e depois para a chefia da área de comunicação, Djalma também mostrou a “língua” para os opositores do prefeito.
O secretário de Administração, Ricardo Ballock, chegou a discutir de dedo em riste com um policial militar, assim como Ritva Vieira, presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos.
Apesar de ter atuação muito criticada na condução da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc), Dharleng Campos de Oliveira mostrou que é bom de gogó, tendo gritado muito durante a sessão da Câmara.
Agressões – No final da sessão de ontem, encerrada por determinação judicial, houve até tentativa de agressão contra o prefeito Alcides Bernal. Um homem, se queixando de que seu pai morreu sem conseguir fazer exame no sistema público de saúde, avançou contra Bernal, mas foi contido pelos seguranças.
Após a segunda suspensão da sessão de julgamento do chefe do Executivo na Câmara de Campo Grande, houve várias outras ameaças de brigas, inclusive envolvendo o secretário municipal de Administração, Ricardo Ballock, e a vereadora Luiza Ribeiro. A Polícia Militar impediu a briga, que envolveu também assessores de imprensa do prefeito e do secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca.
Depois disso, assessores que estavam com o secretário Ballock foram tirar sarro dos assessores dos vereadores devido à derrota na Justiça, que determinou a suspensão da sessão. Os assessores dos vereadores reagiram e disseram que em vez de estarem ali defendendo Bernal deveriam estar trabalhando na prefeitura. A PM também separou os dois grupos. Balock já tinha sumido dali.