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Política

Sem licitação, vereadores esperam que secretária fale sobre novo hospital

Seria em janeiro início do processo de escolha da empresa interessada em parceria para tirar projeto do papel

Por Caroline Maldonado | 13/02/2024 10:11
Vereadores no plenário da Câmara Municipal, onde será realizada audiência pública sobre a saúde. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)
Vereadores no plenário da Câmara Municipal, onde será realizada audiência pública sobre a saúde. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)

No dia 29 de fevereiro, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) prestará contas referentes aos últimos quatro meses de 2023 na Câmara Municipal. A audiência será aberta à população, além de representantes de órgãos e entidades interessadas em saber como a prefeitura tem utilizado os recursos financeiros na área da saúde.

Essa será a primeira audiência com a secretária recém-empossada Rosana Leite no cargo. Anteriormente, ela atuava como adjunta da pasta. Ela assumiu a titularidade quando o então secretário Sandro Benites (PRD) deixou a secretaria, na semana passada, para voltar ao cargo de vereador, para o qual tentará a reeleição.

A grande expectativa dos vereadores é que a secretária apresente também novidades sobre o projeto do Hospital Municipal, cuja criação foi anunciada há 5 meses e a licitação estava prevista para janeiro deste ano.

Em setembro de 2023, a prefeita Adriane Lopes (PP) informou à imprensa que a prefeitura iria criar um Complexo Hospitalar e de Diagnóstico Municipal de Campo Grande, mas o projeto ainda não saiu do papel.

O presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, Victor Rocha, o "Dr. Victor" (PP), pretende solicitar informações sobre o Hospital Municipal durante a audiência.

"Vamos aguardar o detalhamento da prestação de contas da Sesau, o investimento em saúde realizado pelo município, se houve ampliação da rede de saúde além dos resultados das auditorias realizada", disse Victor.

Membro da comissão, o vereador Jamal Salem, o “Dr. Jamal”, acredita que a secretária apresentará informações sobre o hospital na audiência, mas reforça posicionamento contrário ao projeto.

“Neste momento, deveria investir nos hospitais existentes contratando e aumentando as vagas de internação para tratamento clínico e cirurgias eletivas do que construir um hospital novo e investir mais na atenção básica nas unidade de saúde prolongado os horários de atendimento das 7h às 19h com duas turmas e agilizar os exames laboratoriais e imagens mais rápido”, comenta Jamal.

Membro da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Jamal Salem, o “Dr. Jamal”. (Foto: Divulgação/CMCG)
Membro da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Jamal Salem, o “Dr. Jamal”. (Foto: Divulgação/CMCG)

Prestação de contas - Outro integrante da Comissão de Saúde, o vereador André Luís Soares, o "Prof. André" (Rede) espera que, desta vez, as contas sejam apresentadas com "mais transparência do que nas audiências anteriores" e adianta que se a secretária não levar detalhes sobre o projeto do hospital, será cobrada com relação a essas informações.

"Mesmo que eles não falem, vamos questionar, porque é uma preocupação nossa. Foi apresentado um projeto que não foi discutido com a comissão e representantes de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde)", diz André.

Membro da Comissão de Saúde da Câmara Muncipal, vereador André Luís Soares, o "Prof. André" (Rede). (Foto: Divulgação/CMCG)
Membro da Comissão de Saúde da Câmara Muncipal, vereador André Luís Soares, o "Prof. André" (Rede). (Foto: Divulgação/CMCG)

Hospital - Durante o anúncio, chegou a ser dito que uma PPP (Parceria Público-Privada) estava prevista para 2023 com investimento de R$ 200 milhões para instalar o hospital em área de 10.000 m². No entanto, posteriormente o então secretário de Saúde informou que o processo para instalação começaria no mesmo ano, mas a inauguração seria após os trâmites necessários, em 2024.

Os vereadores que já haviam marcado uma audiência pública para discutir o tema, quando a prefeita fez o anúncio, seguiram insistindo em detalhes sobre de onde virá o recurso para construção ou parceria e execução dos serviços de saúde, mas não receberam novas informações.

Em dezembro, a Sesau informou que a licitação seria aberta em janeiro deste ano, o que não ocorreu.

Estrutura - O complexo terá 25 salas de diagnóstico e 250 leitos para atender as unidades de urgência e emergência da Capital, 10 salas de centro cirúrgico e uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A expectativa é atender 1,5 mil pacientes por dia.

Também está previsto local para exames laboratoriais, cateterismo, biópsias, ressonâncias, colonoscopia, endoscopia e especialistas em cardiologia, neurologia, oftalmologia e pneumologista.

A audiência será às 14h, no Plenário Edroim Reverdito, na Câmara Municipal, que fica na Avenida Ricardo Brandão, n. 1.600, no Bairro Jatiuca Park. O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube da Casa de Leis.

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