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Política

Sem Puccinelli, líderes do PMDB se reúnem para definir futuro do partido

Executiva deve decidir se faz ou não convenção no sábado; o ex-governador seria coroado comandante da sigla em MS

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 16/11/2017 12:10
Sala onde acontece a reunião dos peemedebistas (Foto: Marcos Ermínio)
Sala onde acontece a reunião dos peemedebistas (Foto: Marcos Ermínio)

Sem a presença do ex-governador André Puccinelli, lideranças do PMDB em Mato Grosso do Sul estão reunidos a portas fechadas na sede do partido em Campo Grande. O encontro foi marcado para decidir o futuro do partido após a prisão do ex-chefe do Executivo na terça-feira (14), durante a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica.

Estava tudo certo para que André assumisse o comando da sigla no sábado (18), data que integrantes do PMDB se reuniriam em convenção.

Na reunião “de emergência”, estão deputados estaduais, o deputado federal Carlos Marun e os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, além do atual presidente do partido, deputado estadual Junior Mochi.

Durante a sessão desta quinta-feira (16) na Assembleia Legislativa, integrantes da bancada do PMDB defenderam o adiamento da convenção, embora Puccinelli já esteja em liberdade.

Papiros de Lama - Policiais federais bateram à porta de André Puccinelli por volta das 6h da terça-feira, 14 de novembro. A 5ª fase da Lama Asfáltica foi batizada de Papiros de Lama, porque focou em esquema para ocultar a origem do dinheiro que seria de propina com a compra de livros e prestação de serviços da empresa do filho do ex-governador, André Puccinelli Júnior, também preso pela força-tarefa.

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado pelo menos R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos. A soma de R$ 160 milhões em bens de investigados foram bloqueados.

O ex-governador seria o beneficiário e garantidor do esquema de propina pagas por frigoríficos.

Só a JBS teria repassado R$ 20 milhões ao grupo, que conforme a investigação é chefiado por Puccinelli, em um ano.

A operação foi desencadeada seis meses depois que Puccinelli foi alvo da 4ª fase da Lama Asfáltica. A delação premiada do pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, que diz ter sido operador de esquema de cobrança de propinas de 2006 a 2013, motivou a deflagração da nova etapa da operação.

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