Servidores municipais pedem pagamento de abono para 33 categorias
Prefeitura diz que incorporação vai gerar impacto na folha de pagamento
Um grupo de servidores municipais realiza uma mobilização na frente da Prefeitura de Campo Grande, solicitando o pagamento de abono de R$ 752,00 a 33 categorias de nível superior, o que contemplaria 816 funcionários. Os representantes vão se reunir com o secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, para buscar um acordo.
O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Campo Grande), Marcos Tabosa, explicou que estas 33 categorias fazem parte dos servidores de referência 14, e que a principal reclamação é o fato que os enfermeiros que também integram este grupo, conseguiram incorporar o abono, mas as outras categorias não.
"Se foi dado (abono) aos enfermeiros, as outras 33 categorias que fazem parte deste grupo também precisam ser contempladas, não há motivos para ficarem de fora. Neste grupo estão por exemplo os economistas, administradores, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e farmacêuticos bioquímicos", pontuou.
Tabosa disse que a intenção é buscar um acordo com o secretário de Finanças. "Se resolver a situação então vamos descer e repassar aos servidores, porém se não tiver acordo, teremos uma nova mobilização amanhã (20), com concentração na Avenida Afonso Pena, com a rua Bahia, para seguirmos novamente para frente da prefeitura".
Os manifestantes estão almoçando na frente da prefeitura, levaram 200 marmitas. Eles resolveram fazer o protesto neste horário (almoço), porque depois vão voltar ao trabalho.
Resposta - O secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, explicou ao Campo Grande News que o abono incorporado aos enfermeiros fez parte de uma negociação, onde foram cortados plantões da categoria, por isso no final das contas não houve impacto na folha salarial.
Em relação as outras 33 categorias que fazem parte da referência 14, Pedrossian ponderou que estes profissionais não teriam "plantões para serem cortados", o que então diferente do primeiro caso, iria gerar impacto na folha. "Entendemos que é legítimo o direito de se manifestar, mas vamos passar esta situação para eles".
Já o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que recebe o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, uma vez por semana no gabinete. "Ele vem aqui solta fogos, chama carro de som. Eu não me abalo, não vai modificar os números, acabou esta história de conseguir as coisas no grito". Ele complementou que as questões precisam ser discutidas com responsabilidade e números técnicos.