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Política

Simone Tebet é contra investigação de Flávio Bolsonaro no Senado

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, senadora de MS diz que não cabe a Casa de Leis tomar decisão sobre o parlamentar do RJ

Gabriel Neris | 26/01/2019 13:35
Simone Tebet em discurso no Senado (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Simone Tebet em discurso no Senado (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Candidata à presidência do Senado, a sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) afirmou à Folha de São Paulo que é contra uma investigação da Casa de Leis em relação ao senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

"Acima de tudo, é importante ter os fatos. Os fatos têm que estar claros. Tenho que ter algo concreto no que me debruçar. Lembrando que tudo que foi feito antes da posse, a princípio, não cabe investigação por parte da Casa. Isso fica por conta do Ministério Público, do Poder Judiciário. A não ser que queira fazer barulho, pré-julgamento ou fazer com o partido do outro o que não quis que se fizesse com o próprio partido, fora isso, é muito prematuro você avançar nesta pauta. Não somos Ministério Público, muito menos Judiciário", disse a senadora.

Flávio Bolsonaro é alvo de suspeitas envolvendo movimentações financeiras quando era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou que o filho do presidente recebeu em sua conta bancária 48 depósitos em dinheiro, em junho e julho de 2017, sempre no valor de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil.

Segundo o Jornal Nacional, os depósitos foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Os remetentes não foram identificados. O parlamentar disse que recebeu dinheiro em espécie pela venda de um imóvel e que depositou R$ 2 mil devido ao limite do caixa eletrônico.

Também há investigações sobre funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia. O Coaf afirma que Fabrício Queiroz, que era policial militar e motorista do filho de Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão de janeiro a 2016 a janeiro de 2017.

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