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Política

Simone Tebet inscreve candidatura avulsa à presidência do Senado

Senadora, que havia desistido de projeto político, tem nome incluído entre integrantes da frente “anti-Renan”

Humberto Marques | 02/02/2019 13:07
Simone havia sido derrotada no MDB, mas decidiu lançar candidatura avulsa ao comando do Senado. (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Simone havia sido derrotada no MDB, mas decidiu lançar candidatura avulsa ao comando do Senado. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Uma reviravolta foi anunciada há pouco no Congresso Nacional, com a senadora Simone Tebet (MDB) anunciando sua candidatura avulsa à Mesa Diretora da Casa de Leis. Pressionada por colegas, ela havia sido derrotada por 7 votos a 5 na disputa interna do MDB para escolha do concorrente ao cargo –o partido havia escolhido Renan Calheiros (AL) para a disputa, porém, aliados articularam uma frente de oposição ao candidato.

A medida, em um primeiro momento, teria sido tomada apenas para lhe garantir voz durante os discursos dos candidatos. Contudo, segue entendimento de colegas que vinham pressionado para que Simone concorresse ao cargo, mesmo sem a chancela oficial do MDB.

A decisão do partido foi anunciada na quinta-feira (31). Até então, Simone se movimentara para assumir espaço na disputa, porém, havia dito que recuaria depois da votação no partido para não prejudicar os demais inscritos na disputa que se opõem a Renan.

Apesar disso, diversos sinais foram apontados de que a parlamentar sul-mato-grossense poderia participar da disputa. Entre eles, o fato de a oposição a Renan não fechar acordo em torno de um único nome –na manhã deste sábado (2), ela participou de reunião no gabinete de Tasso Jereissati (PSDB-CE) visando a tentar um entendimento.

Soraya Thronicke (PSL), que participou do encontro, deixou a sala informando que não houve acordo nesse sentido. Além dela, Nelsinho Trad (PSD), que até então não anunciara seu voto, confirmou que, caso Simone se inscrevesse na corrida pelo comando do Senado, teria seu voto.

Simone articulou o lançamento de diferentes nomes para a sucessão do Senado em uma frente “anti-Renan”, apontando que o parlamentar alagoano, que já presidiu a casa em quatro ocasiões e foi alvo de diversas denúncias, inclusive já o levando a renunciar ao posto, não tinha condições de pacificar o parlamento.

Confirmação – Há pouco, Simone finalizou discurso conclamando mudanças no regimento interno da Casa, estabelecendo o voto aberto nas eleições internas, e lembrou ainda da passagem de seu pai, o ex-senador Ramez Tebet (já falecido), pela presidência do Senado.

“Não há democracia sem o Senado Federal”, disse ela, que considerou também que a Casa vive “tempos tenebrosos, triestes”, incluindo o bate-boca que culminou no adiamento da eleição na noite de sexta-feira (1º) –com direito à tomada da Mesa Diretora de documentos por parte de Kátia Abreu (PDT-TO).

A disputa pelo Senado reunia nove candidatos: além de Renan e Simone, concorrem ao posto Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (sem partido-DF), Angelo Coronel (PSD-BA), Major Olímpio (PSL-SP), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Esperidião Amin (Progressistas-SC). Álvaro Dias (Podemos-PR), que havia se inscrito, anunciou da tribuna que deixava a corrida sucessória.

A votação, em cédula, será fechada, sendo que muitos senadores –incluindo Simone, Soraya e Nelsinho– prometem abrir seus votos. Será eleito o candidato que atingir maioria absoluta, isto é, 41 dos 81 votos existentes. Caso esse total não seja atingido, será disputado segundo turno entre os dois melhores candidatos.

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