Simone Tebet quer acareação coletiva em nova fase da CPI da Covid
Senadora acredia que há fortes indícios de crimes contra a administração pública
Para a senadora Simone Tebet (MDB) a CPI da Covid do Senado entrou em uma nova fase após a oitiva do deputado federal Luis Miranda (DEM- DF) que foi até a noite de ontem (25). Ela sugeriu uma acareação coletiva para comprovar os fortes indícios de crimes contra a administração pública.
“Só falta agora colocar o guizo no rabo do gato: quem fez o quê, quem agiu com dolo, quem agiu por culpa, quem foi negligente de boa-fé, quem foi negligente aí na má-fé, quem foi com a conduta dolosa de praticar os crimes elencados”, disse.
A ideia é convocar as pessoas que tenham alguma relação com as pressões para a assinatura do contrato da Covaxin, como o ex-Ministro Pazuello, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, a Sra. Teresa, a Sra. Regina e o Presidente da Anvisa, Barra Torres.
Ela entende que a acareação coletiva pode ajudar a transformar o discurso em fatos concretos. “É fundamental a partir da semana que vem para colocar em pratos limpos o que ia acontecer. Chamar esses cinco para mostrar quem é quem e quem é responsável pelo que.”
Simone foi sagaz ao utilizar o momento de forte emoção do parlamentar para conseguir retirar dele o nome do líder do governo no Congresso, o deputado federal Ricardo Barros (PP) ,envolvido no esquema de negociação da vacina Covaxin.
"Chegaram a autoridade máxima desse país com fortes indícios de corrupção e ao invés de buscar investigar, está se colocando embaixo do tapete, o que é isso se não crime de prevaricação?", avaliou a senadora.
Ela elencou os possíveis crimes que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderá responder se os fatos forem comprovados. “Crimes no plural. Peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação. Eu estou aqui falando, inclusive, de crimes relacionados à saúde pública, porque você está disseminando a epidemia. São tantos os crimes que chegam ao final no crime de organização criminosa. Tem fortes, gravíssimos indícios de corrupção”, destacou.