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Política

Supersecretário de Bernal "ignora" convocação feita por vereadores

Zemil Rocha e Carlos Martins | 19/03/2013 14:20
Freire alegou que só trata de arrecadação (Foto: Gerson Walber/Correio do Estado)
Freire alegou que só trata de arrecadação (Foto: Gerson Walber/Correio do Estado)

Um dos mais prestigiados secretários do prefeito Alcides Bernal (PP), o titular da Receita, Gustavo Freire, que acumula a chefia da pasta de Governo, não vai atender à convocação, aprovada pela Câmara de Campo Grande, para prestar esclarecimentos sobre questões financeiras e orçamentárias relativas à administração municipal, marcada para as 15 horas, no Plenário Edroim Reverdito. Só estará presente Wanderlei Ben Hur da Silva, da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle.

Gustavo Freire alegou que o assunto da convocação não era da competência dele, que seria sobre a arrecadação de tributos. Ocupando a chefia de duas secretarias da prefeitura, tem havido muita polêmica em torno da insistência do prefeito Alcides Bernal em mantê-lo no cargo, visto que há processos tramitando na Justiça contra ele em razão de suspeita de participação em esquema de propina para liberação de cargas importadas quando era agente da Receita Federal em Corumbá.

A reunião desta tarde, na Câmara, decorre de uma convocação oficial feita por meio de requerimento apresentado pela Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, o qual foi aprovado em Plenário. Um ofício foi encaminhado aos secretários convocando-os a comparecer na reunião com os parlamentares.

Um dos motivos da convocação é a necessidade de esclarecimento sobre quais foram os motivos que levaram o prefeito Bernal a entrar com representação no Ministério Público Estadual (MPE) questionando possíveis irregularidades na lei que aprovou reajuste para os professores. A lei nº 5.060, aprovada pela Câmara, concedeu reajuste de 22,22% para a categoria no ano passado.

Outro tema que deve gerar questionamentos na audiência são os remanejamentos de verbas do Orçamento Municipal, que hoje superam R$ 20 milhões, sem autorização legislativa. O MPE chegou a abrir Inquérito Civil Público para verificar a legalidade das transações orçamentárias e possível omissão da Câmara.

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