Terenas de Miranda dizem que falso cacique prestou depoimento em CPI do Cimi
O depoimento do indígena Fábio Lemes, aldeia Argola, na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Missionário Indigenista) da Assembleia Legislativa sul-mato-grossense, foi contestada por lideranças terenas e pelo próprio Cimi. Eles alegam que Fábio não é cacique, como foi apresentado na comissão.
Fábio participou da oitiva no dia 24 de fevereiro. A sessão ocorreu em sigilo por determinação da presidente da CPI, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), pois o indígena afirmou que estava sofrendo ameaças.
Oito caciques terenas de aldeias localizadas em Miranda - município localizado a 201 km de Campo Grande -, onde está a aldeia Argola, produziram e assinaram um documento repudiando o depoimento de Fábio, pois ele não é cacique legítimo do local, e sim Edson Candelário - que não foi encontrado e não foi à oitiva marcada para hoje (9).
O documento feito pelos índios foi recebido no dia 25 de fevereiro pelo Chefe de Gabinete da deputada, segundo informa o Cimi em nota.