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Política

Vereadores criticam ação da Defensoria que pede lockdown na Capital

Parlamentares dizem que a medida não resolve o problema e prejudica o comércio na cidade

Leonardo Rocha | 04/08/2020 12:20
Vereadores durante sessão virtual da Câmara Municipal (Foto: Reprodução - Facebook)
Vereadores durante sessão virtual da Câmara Municipal (Foto: Reprodução - Facebook)

Os vereadores criticaram a ação da Defensoria Pública, que pede na Justiça a adoção de “lockdown” em Campo Grande. Eles disseram que esta medida poderia “quebrar” mais empresas, gerar desemprego e não resolver a questão da pandemia na cidade.

O tema gerou repercussão durante a sessão virtual na Câmara Municipal. Os parlamentares citaram que o foco deveria ser a ampliação de leitos para atender os pacientes e que a disseminação da pandemia não está diretamente ligada ao comércio.

Também citaram as medidas adotadas pela Prefeitura de Campo Grande, que iniciou ações de blitz para reduzir acidentes, que possam ocupar leitos hoje direcionados aos pacientes com covid-19. Outra crítica foi sobre uma “eventual” interferência do Poder Judiciário nas ações do município.

“O problema não é apenas restringir o comércio, mas desocupar leitos que estão sendo usado a outras enfermidades, como no casos dos acidentes. Já atravessamos o período de fechar o comércio na cidade”, disse Otávio Trad (PSD).

André Salineiro (Avante) citou que muitas empresas já quebraram e que não é a medida adequada ao momento. “Foco precisa ser nos leitos, se ampliar teremos o número suficientes para atender os pacientes”. Para Airton Araújo (PT) o Poder Judiciário não pode “interferir” na gestão do município.

Já o vereador Wellington Oliveira (PSDB) ponderou que a disseminação da doença na cidade ocorre muito em função da “cultura” das pessoas, em não se cuidar com medidas de prevenção. “Muitos não usam as máscaras e ainda fazem aglomeração”.

Para Lívio Viana (PSDB) o comércio tem adotado as medidas de prevenção e biossegurança, mas se precisava ampliar a fiscalização nos bairros e “conscientização” da população. A única voz discordante foi de Loester Nunes (MDB), que defende a realização do lockdown.

Ação – A Defensoria Pública entrou na Justiça pedindo a adoção do lockdown em Campo Grande, devido o aumento exponencial de casos e mortes na cidade, assim como lotação de leitos nas unidades de saúde. Na petição é citados vários dados e avaliações de especialistas que defendem esta posição.

O processo foi protocolado no Fórum de Campo Grande, para ser julgado por uma das varas de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. A decisão de ir à Justiça foi apreciada e aprovada pelo Conselho Superior da Defensoria.

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