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Capital

Diretora de hospital lotado defende "lei seca" urgente na Capital

MPMS esteve no HR nesta segunda para ver como está a situação do local em relação aos casos da doença

Ana Paula Chuva | 03/08/2020 13:32
HR é referência no tratamento da covid-19 no Estado e já atingiu lotação máxima dos leitos de UTI. (Foto: Paulo Francis)
HR é referência no tratamento da covid-19 no Estado e já atingiu lotação máxima dos leitos de UTI. (Foto: Paulo Francis)

A diretora do Hospital Regional de Campo Grande Rosana Leite de Melo defende a "lei seca", proibição de venda de bebida alcoólica já cogitada pela prefeitura de Campo Grande, como saída para diminuição de casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul.  Referência no tratamento da doença, a unidade hospitalar está com lotação máxima de leitos destinados à pacientes diagnosticados com a doença e foi visitada na manhã desta segunda-feira (3) pelo MPMS (MInistério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

Ao Campo Grande News, a responsável pelo HR disse que a promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo esteve na unidade nesta manhã para ver como está a situação do hospital em relação aos casos de coronavírus.

“Desde a semana passada estamos com lotação máxima. A doutora Luciana veio com a doutora Ana e a equipe técnica para ver como estão funcionando nossas transferências, como está a taxa de ocupação. Acredito que para ter subsidio para pedir o lockdown na Justiça”, disse.

Lei Seca - Sobre a possibilidade de lockdown decretado pela Justiça, a diretora do HR, disse que não acredita ser a solução do problema, mas que a lei seca seria mais eficaz na diminuição dos casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul.

“Sou super a favor da lei seca.  A gente observa a sociedade e percebe que precisa mesmo de uma fiscalização mais intensa. Não acredito que o lockdown seria tão eficiente. Precisamos mesmo de uma fiscalização ostensiva nas ruas, nos supermercados, nas lojas. Culturalmente falando, lockdown não ia funcionar no nosso país.”, declarou.

No dia 18 de julho, o prefeito Marquinos Trad, chegou a cogitar a possibilidade de decretar a 'lei seca' aos fins de semana em Campo Grande. Mas dois dias depois, decidiu que não adotaria a medida, porém aumentaria de forma significativa o número de fiscalização nas ruas.

“Vamos colocar um número assustador de funcionários para realizar os exames com bafômetro naqueles que estão circulando com carro e moto pela cidade”, avisou Marquinhos durante live em seu perfil oficial no Facebook, no dia 30 de julho.

Ocupação máxima  - Desde o início da pandemia, o hospital recebeu 796 pacientes com o novo e no domingo (2), pelo segundo dia consecutivo atingiu a lotação máxima de leitos destinados à pacientes diagnosticados com a doença e não há mais espaço para novos pacientes.

Em boletim divulgado HR informou os 91 leitos críticos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupados e dos 796 pacientes que o hospital recebeu até o momento, 102 vieram a óbito e 156 continuam internados.

MPMS - O Campo Grande News entrou em contato com o MPMS para saber sobre a visita ao HR nesta manhã e aguarda retorno.

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