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Política

Vereadores de 21 cidades pedem suspensão do pedágio na BR-163

Até o momento, apenas 136 dos 845 quilômetros da rodovia foram duplicados

Lucas Junot | 18/05/2017 14:31
Tráfego na BR-163, que foi concedida à CCR MSVia há três anos. (Foto: Arquivo)
Tráfego na BR-163, que foi concedida à CCR MSVia há três anos. (Foto: Arquivo)

Vereadores de 21 municípios de Mato Grosso do Sul elaboraram, nesta quinta-feira (18), em reunião na Câmara Municipal de Campo Grande, documento conjunto encaminhado à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que pede a tomada de providências sobre a paralisação e atraso das obras de duplicação da BR-163, em Mato Grosso do Sul, sob responsabilidade da CCR MSVia.

No centro das discussões está a cobrança do pedágio, considerada abusiva pelos parlamentares, em face da não execução do serviço. A preocupação dos parlamentares é que o prazo para duplicar os 845 quilômetros – conforme prevê o contrato de concessão - é de cinco anos, ou seja, 2019. Até o momento, três anos após a assinatura do contrato apenas 136 quilômetros foram duplicados.

Para o presidente da casa de leis da Capital, João Rocha (PSDB), “o Poder Legislativo não pode ficar fora dessa discussão, tenho certeza que além da obra de duplicação, cada município tem questões pontuais ainda a serem discutidas a respeito dos desdobramentos dessa duplicação".

“A obra está perto de seu prazo contratual de se encerrar, mas passados mais de três anos, nem 17% da obra foi concluída. Neste estágio era para a obra estar 50% pronta. Se necessário, vamos até Brasília para ver essa situação", disse o parlamentar.

Com um fluxo de 46 mil veículos por dia, a empresa concessionária CCR MSVia cobra pedágios de até R$ 7,40, gerando renda diariamente para financiar a manutenção e duplicação da via. Tendo em vista a paralisação das obras, o documento encaminhado à ANTT pede a suspensão da cobrança do pedágio.

Além disso, conforme dados apresentados por João Rocha, durante a sessão ordinária da última quinta-feira (11), a concessionária teve autorizado empréstimo do BNDES que somam aproximadamente R$ 2,9 bilhões.

"Hoje estamos pagando por um serviço que não está sendo executado, não está sendo entregue para a população aquilo que foi prometido. Vamos sair em defesa dos direitos dos cidadãos, que pagam o pedágio diariamente e não vêem essa duplicação sair do papel", argumentou João Rocha.

A rodovia passa pelos município de Campo Grande, Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Naviraí, Juti, Caarapó, Dourados, Douradina, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Sidrolândia, Jaraguari, Rochedo, Bandeirantes, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Pedro Gomes e Sonora, servindo também como importante rota de escoamento comercial sul-mato-grossense.

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