Vereadores defendem estudo para aumentar quantidade de alvarás de táxi
Auxiliares querem pelo menos mais 300 licenças para o setor
Após representantes de auxiliares de taxistas apresentarem a “situação insustentável” em que vivem e pedirem aumento na quantidade de alvarás de táxi, durante a sessão desta terça-feira (14), na Câmara Municipal, vereadores defenderam a realização de um estudo técnico para avaliar a ampliação no número de licenças.
A principal reivindicação dos auxiliares é a emissão imediata de pelo menos 300 novos alvarás para o setor, tendo como critério o tempo de espera pelo documento, que em alguns casos chega há 30 anos. Os parlamentares defenderam de forma unânime o acréscimo no número de permissões.
“Acho que 300 é pouco, tem que aumentar para pelo menos 500 alvarás. Precisamos de mais para acabar com o monopólio”, defendeu Valdir Gomes (PP). André Salineiro (PSDB) vai mais além, pois acredita que o número de licenças atualmente, 490, está aquém das demandas da cidade.
“Hoje há uma defasagem de pelo menos 1000 alvarás e precisamos diminuir a dificuldade para concessão. Claro que não é possível liberar tudo de uma vez, mas devemos avaliar como deve ser feito isso”, propôs Salineiro.
Na esteira da discussão, o Wellington Oliveira (PSDB) defendeu a realização de um estudo para verificar quantos alvarás são necessários para atender as necessidades dos auxiliares de taxistas. Eduardo Romero (Rede) apoiou a realização de um estudo técnico, além de acreditar ser possível aumentar em mais 680, que representa o número de auxiliares cadastrados na Agetran (Agência Municipal de Trânsito).
“É possível a partir de agora dar alvará a todos os auxiliares e depois verificar quanto mais pode ser ampliado”, alegou Romero. Para ele, a Agetran seria a responsável pelo estudo que apresentaria o número possível de alvarás, definido através da proporção média de táxis pela quantidade de habitantes da Capital.
Dificuldades – Representando os auxiliares de taxistas, Edinaldo Ribeiro de Lima apresentou a situação “insustentável da categoria”, durante sua falar na tribuna da casa de leis. Ele diz que atualmente está difícil seguir na profissão, pois os ganhos não são suficientes para pagar as contas e sustentar a família.
"Hoje trabalhamos 24 horas para ganhar R$ 40 a R$ 50", alega Edinaldo. Esse é o lucro que sobra após os gastos com gasolina e taxa ao dono do táxi que utilizam.
Edinaldo diz que a profissão corre o risco de extinção, "se providências não forem tomadas, estamos com os dias contados". Ele alega que o pedido de mais alvarás nada mais é do que a solicitação de um direito adquirido, pois muitos estão esperando por um longo tempo, alguns aguardam há 30 anos. "Eu estou esperando há 15 anos, e olha que sou um dos novos. Tem auxiliar que está há 30 anos na fila de espera por alvará".