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Política

Veteranos na política buscam recomeço como vereador "a pedidos"

Eleições deste ano têm candidato que entrou na vida pública há 28 anos, fez carreira e quer voltar

Por Caroline Maldonado e Jhefferson Gamarra | 09/09/2024 14:11
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Políticos antigos que querem retornar à vida pública como vereador em 2024 (Foto: Reprodução)
Políticos antigos que querem retornar à vida pública como vereador em 2024 (Foto: Reprodução)

A concorrência em Campo Grande tem pelo menos nove veteranos buscando um recomeço na Câmara Municipal nas eleições previstas para o dia 6 de outubro. Tão motivados quanto os mais de 400 candidatos, eles voltam “a pedido” dos eleitores que os colocaram na política décadas atrás, e contam como é o recomeço por essa porta que foi a entrada para a maioria delas.

Youssif Assis Domingos (MDB) entrou na política há 28 anos e chegou a presidir a Câmara Municipal. De lá para cá foram três mandatos de vereador e um de deputado estadual entre 2006 e 2009. Ele diz que a motivação vem das pessoas que querem mudanças em problemas da cidade e que “recomeçar é uma honra”. A “pausa” na política foi forçada por problemas de saúde, mas ele já sabe o que mudou na forma de fazer campanha e se mostra entusiasmado.

“Houve grande mudança, as mídias sociais são responsáveis por grande parte do contato com público, porque Campo Grande cresceu muito e os deslocamentos para reuniões é complicado, então as mídias sociais são extremamente importantes”, diz Youssif.

Também quer voltar à cadeira que ocupou, pela primeira vez, há 20 anos, o ex-prefeito da Capital Marquinhos Trad (PSD), que tentou ser governador em 2022. “Reiniciar é para os fortes e determinados, quem desiste são os fracos!”, diz o candidato, que foi deputado estadual por três mandatos antes de ser prefeito.

A motivação é maior do que antes e está no “amor por Campo Grande”, segundo Marquinhos. “Agora é hora de ser legislador municipal pois tenho experiência e conhecimento legislativo. A motivação é maior. Ser vereador é estar mais perto do povo e isso eu gosto porque gosto de cuidar das pessoas. Estou com muito entusiasmo e vontade de trabalhar”, afirma.

Deputado estadual por oito mandatos, ou seja, 32 anos, Maurício Picarelli (União) conta que até no mercado quando está fazendo as compras encontra pessoas que pedem seu retorno à política. Ele nunca foi vereador. Foi deputado entre 1987 e 2019.

“O pessoal me cobrava para três coisas, ser, voltar para o rádio, voltar para a televisão e voltar também a atuar na política, porque eu fui um dos que mais emendas ofertou para as entidades assistenciais de Campo Grande”, diz Picarelli.

Airton Saraiva (Avante), que encerrou seu mandato como vereador em Campo Grande em 2016 está novamente na disputa por uma vaga na Câmara Municipal este ano. Empresário e ex-vereador, ele afirma que aproveitou os últimos 8 anos sem mandato para organizar suas empresas e deixá-las sob o controle dos filhos. Segundo Saraiva, a decisão de concorrer novamente foi influenciada por pedidos da população, especialmente da Região do Bandeira.

“Sempre fui uma liderança no bairro. Fiquei 8 anos afastado e a população sentiu minha falta, pedindo o ‘Volta Saraiva’. Durante esse tempo, organizei minhas empresas para que meus filhos pudessem cuidar delas. Quando estou no mandato, gosto de ser atuante e focar exclusivamente no trabalho. A vida de empresário é corrida, e às vezes não dá para conciliar. Não tenho nenhum impedimento e a política está no sangue”, declarou o candidato do Avante.

Em campanha para tentar retornar ao legislativo da capital nas eleições municipais deste ano, o ex-vereador e radialista Miltinho Viana (PSD), garante que está mais motivado e experiente. Segundo ele, a campanha para candidatos sem mandato é mais desafiadora, já que os vereadores em exercício contam com estrutura e equipe para trabalhar politicamente ao longo de todo o mandato.

"Recomeçar, sim, mas agora com muito mais experiência no legislativo. Quando fui vereador, tivemos uma Câmara Municipal muito mais ativa, sempre junto com a população. Hoje, uma eleição para quem não tem mandato é mais difícil. Os vereadores sempre estão à frente em estrutura, equipe e fazem política durante os quatro anos. Já os novatos têm apenas 30 dias. Meu forte sempre foi fazer comícios nos bairros, levando alegria, entretenimento e divulgando minhas propostas", comentou o emedebista.

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