2020: O ano da ruptura
No inquieto século 21, o ano de 2020 será considerado como o ano da ruptura. Os homens se digladiam pelo poder mundial. As leis da Criação estão reagindo contra séculos de arrogância dos humanos de não quererem ouvir a Fala do Senhor dos Mundos, pois cobiçam se tornarem, eles próprios, os senhores do mundo.
O que o governo pode fazer quando falta dinheiro para tocar o país ou resolver emergências? Nesse caso, o mais grave é que o governo perde a autonomia, fica amarrado à dívida. O mundo precisa de líderes sábios que respeitem o solo pátrio. Cada povo deve aprimorar a própria cultura, mas muitas pessoas acataram conceitos vindos de fora e abriram o país sem estarmos preparados para isso, atraindo toda essa precarização. Seria bem oportuno para o Brasil endividado que o montante de R$ 500 bilhões obtido com a variação cambial aplicada às reservas internacionais fosse mobilizado para reativar a economia estagnada e bombardeada com a crise gerada pela pandemia.
Homens cobiçosos se julgam donos do planeta e impuseram suas ideias restritas ao povo despreparado e acomodado que tudo aceitou em troca de migalhas e diversão; assim o mundo foi rumando para o abismo, mas acima do homem estão as leis do Criador que trazem de forma impetuosa a colheita de tudo que foi semeado. É terrível. A grande e única vacina para impedir essa grave anomalia está no reconhecimento das leis da vida.
A vida não é uma fatalidade. Sempre temos a possibilidade da escolha, mas temos de fortalecer o querer. As pessoas estão sendo induzidas a olhar para baixo e se acomodam. Temos sempre de aspirar ao mais elevado nível que o ser humano pode alcançar e, para isso, cada indivíduo deve se preparar, se fortalecer e conhecer o significado da vida.
O mundo esteve, durante séculos, olhando só para o dinheiro, esquecendo tudo o mais, deixando em segundo plano a riqueza que nos é dada pela natureza como o ar e a água, fora todas as outras farturas. A economia globalizada desequilibrou tudo, a ponto de que o aumento de renda interna se reveste de aumento das importações de manufaturas, dado que o parque industrial foi destruído pela concorrência internacional predatória.
Perdemos terreno, pouco se produz, endividaram o país. O déficit fiscal é gigante, a arrecadação poderia ser incrementada taxando os importados seletivamente, dando oportunidade aos empresários e trabalhadores nacionais. O momento é de ruptura com o velho modo de viver que atraiu as crises que se acumularam ao longo dos anos. Cada país terá de se esforçar intensamente na recuperação dentro de seus limites, fortalecendo seu povo e sua cultura. No entanto, para que haja paz e progresso, tem de ser banido o “tirar vantagens” de outros povos e outras nações.
A crise não se tornou uma oportunidade de fortalecimento do país e sua população; perde-se tempo e dinheiro com a guerra de comunicações e desrespeitos aos poderes constituídos, forjando justificativas habilmente criadas. A população está duplamente amedrontada, com o vírus e com a incerteza econômica. Os confrontos entre poderes tiraram credibilidade gerando uma crise de confiança.
O ano de 2020 também se reveste de um momento especial de reflexão sobre o que temos feito, desperdiçando tantas oportunidades que poderiam ser aproveitadas para o bem geral da humanidade. Tudo vai assumindo ares de contenda na luta por poder e influência, mas permanece distante o saber da Vontade de Deus, que tece os fios do destino trazendo recompensa ou castigo. O tempo vai passando, em vez da energia de Luz que traz paz e alegria, estão sendo atraídas nuvens carregadas. Há de surgir um novo dia que propicie novas oportunidades para, com humildade, recebermos a Força e superar os desafios nesta fase que todas as falhas humanas decorrentes das formas erradas de viver estão sendo expostas.
Os seres humanos não podem continuar esperando que tudo caia do céu, sem esforço, sem trabalho dedicado. Em grande parte, os governantes pouco se dedicaram para promover o desenvolvimento e fortalecimento da população, o bom preparo das novas gerações e melhores condições de vida. As pessoas pouco sabem da vida, e sem a verdade, não há liberdade, mas apenas medo e ódio.
(*) Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP