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Cidades

Adepol diz que atendimento de Vanessa seguiu protocolo e ela não aceitou ajuda

Nota contradiz áudio que Vanessa descreve o atendimento como frio e diz que não tinha segurança em voltar

Por Fernanda Palheta | 15/02/2025 12:26
Adepol diz que atendimento de Vanessa seguiu protocolo e ela não aceitou ajuda
Fachada da Casa da Mulher Brasileira (Foto: Arquivo)

Em nota, a Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) afirmou que a Polícia Civil, por meio das delegadas que atendem as vítimas de violência doméstica na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), seguiu os protocolos e ofereceu todas as orientações e medidas prevista para garantir a segurança da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada com três facadas no peito pelo ex-noivo, Caio Nascimento, na última quarta-feira (12).

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A Adepol de Mato Grosso do Sul afirmou que a Polícia Civil seguiu protocolos ao atender Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo. A associação diz que Vanessa não aceitou a ajuda oferecida, contradizendo um áudio onde ela relata insegurança. A Adepol defende que dados criminais do agressor não foram divulgados por sigilo e que críticas ao atendimento são injustas. A entidade repudia a violência e presta condolências à família da vítima.

A associação ainda reitera que a jornalista não aceitou a ajuda oferecida pela rede de proteção. O posicionamento da Adepol contradiz um áudio em que Vanessa descreve o atendimento como frio e deixa claro que não tinha segurança em voltar para casa, onde Caio presente.

"O autor dessa tragédia está preso e responderá pela atrocidade cometida perante a Justiça, e a Polícia Civil, por intermédio da DEAM, ofereceu todas as orientações e todas as medidas existentes para a tutela da segurança e vida da vítima, seguindo todo o protocolo operacional existente até então, inclusive com a orientação de não voltar para casa e permanecer no alojamento da Casa da Mulher Brasileira, sugestão que não foi aceita pela vítima e não pode ser coercitiva", diz a nota.

A entidade ainda justifica que o histórico de violência do agressor não foi fornecido à vítima devido ao sigilo das informações. "Frise-se que o fornecimento de dados criminais é sigiloso, dados sigilosos não foram fornecidos para a vítima e não serão fornecidos doravante para outras pessoas, por mandamento legal. Se o protocolo precisa ser aprimorado, o será, pois já ocorreu uma primeira reunião entre o Poder Judiciário, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública e a Delegacia-Geral da Polícia Civil".

A associação também se posiciona contra às criticas ao atendimento, consideradas "unilateral e abusiva". "Atribuir o resultado desse crime à Delegada de Polícia que atendeu a ocorrência observando todo o protocolo existente, não coaduna com o que aconteceu e cria mais uma situação de injustiça contra uma mulher trabalhadora, mãe de família e cidadã que é a Delegada de Polícia. O autor dessa tragédia é o feminicida preso, alterar ou subverter essa verdade não se justifica", completou.

Na nota, a Adepol, repudia a violência e presta condolências e pesares aos amigos e familiares da vítima.

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