Protesto pela morte de Vanessa reúne famílias de outras vítimas de feminicídio
Familiares de Ana Cláudia Rodrigues Marques engrossaram o pedido por Justiça em manifestação no centro
Protesto pedindo justiça pela morte da jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, no centro de Campo Grande reuniu familiares de outra vítima de feminicídio e cujo autor segue impune. Ana Cláudia Rodrigues Marques, de 44 anos, foi assassinada pelo ex-marido junto com o então namorado, Carlos Augusto Pereira de Souza, 49 anos, em novembro do ano passado. Ambos foram mortos pelo empresário Flávio Saad, de quem Ana Cláudia estava separada há dois anos. Ele continua foragido.
RESUMO
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Protesto em Campo Grande pede justiça pela morte da jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, reunindo familiares de outra vítima de feminicídio, Ana Cláudia Rodrigues Marques, 44 anos, assassinada pelo ex-marido, que segue foragido. O ato, com presença de jornalistas, amigos e políticos, ocorreu em frente ao Bar do Zé. A senadora Soraya Thronicke defendeu a desburocratização das medidas protetivas, enquanto a vereadora Luiza Ribeiro criticou a estrutura da Casa da Mulher Brasileira. O Sindjor destacou falhas na proteção à Vanessa, que mesmo ciente de seus direitos, não foi protegida.
“Quando vimos a história da Vanessa é como se tivéssemos revivido todo aquele novembro do ano passado, ficamos chocados”, disse o irmão de Ana Cláudia, Átila de Nascimento, 37, servidor público.
Ele, a irmã mais nova, Mirella Rodrigues, 27, e uma amiga, Rosane Nely decidiram acompanhar a manifestação e também cobrar das autoridades que o autor seja preso. “Viemos prestar nosso apoio, porque sabemos o que a família da Vanessa está passando, mas também cobrar que ele pague o que tem que pagar”, enfatizou.
Jornalistas, amigos e políticos estiveram presentes no ato, realizado em frente ao Bar do Zé, na esquina na rua 14 de Julho com a Barão do Rio Branco. A senadora Soraya Thronicke (Podemos) falou da necessidade de desburocratizar o sistema de medidas protetivas, facilitando a intimação dos agressores. Ela ainda sugeriu mudança na lei para que policiais e até advogados pudessem entregar o documento e iniciar a vigência da medida protetiva.
A vereadora Luiza Ribeiro (PT) também se manifestou e reclamou da estrutura da Casa da Mulher Brasileira que classificou como “sucateada” e cobrou providências da Justiça e do Poder Executivo sobre o caso. Disse ainda que o local está sem coordenadora nomeada pela Prefeitura de Campo Grande.
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Pelo Sindjor (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul), a representante da comissão de ética, Tainá Jara, reforçou o fato de que mesmo usando todos os instrumentos que tinha em mãos, a jornalista Vanessa, acabou morrendo. “Houve uma falha na rede de proteção e isso precisa ser esclarecido. A Vanessa, que sabia e uso de todos os seus direitos, não foi protegida”, sustentou.
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