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Cidades

Anvisa questiona ministério sobre alteração de esquema vacinal no Brasil

Em nota, a agência afirma que os esclarecimentos solicitados são necessários sob o ponto de vista sanitário

Lucia Morel com Anvisa | 18/11/2021 20:08
Frascos da vacina da Pfizer. (Foto: Agência Saúde)
Frascos da vacina da Pfizer. (Foto: Agência Saúde)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou ao Ministério da Saúde ofício solicitando informações sobre os elementos técnicos que embasaram a decisão de alterar o esquema vacinal vigente no Brasil.

Segundo o documento, a decisão do ministério não tomou por base análise da agência, que ainda verifica solicitações da Pfizer e da AstraZeneca para alteração do esquema vacinal previsto em bula para as respectivas vacinas.

Em relação à Janssen, “as informações de conhecimento desta Agência referem-se à possibilidade de aplicação de dose de reforço e não de segunda dose como parte do esquema primário de vacinação”.

Em nota, a agência afirma que os esclarecimentos solicitados são necessários sob o ponto de vista sanitário, especialmente no que se refere ao monitoramento do uso dos novos esquemas vacinais no Brasil, principalmente diante da competência da Agência  em fazê-lo.

"Mais uma vez, a Anvisa reconhece e estimula os movimentos que visam a ampliação da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Ações com esse objetivo apontam para o compromisso com a saúde pública e reforçam que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir essa doença, incluindo as suas consequências mais graves, como hospitalização e óbito", cita a nota.

Os dados disponíveis até aqui sugerem diminuição da imunidade em algumas populações, ainda que totalmente vacinadas. A Agência vem acompanhando as decisões de outros países sobre a vacinação de reforço, bem como os resultados dos estudos de efetividade realizados pela Fiocruz, os quais apontam para a necessidade da dose de reforço.

O aprendizado gerado no enfrentamento e no controle da pandemia mostrou que a disponibilização de doses de reforço das vacinas é importante para a manutenção da proteção contra a Covid-19, e que deve ser avaliada considerando a relação dos benefícios versus os riscos individuais, especialmente para as pessoas que trabalham ou vivem em ambientes de alto risco de infecção, os idosos e os imunocomprometidos.

Por fim, a agência sustenta que "continua comprometida com a missão de monitorar o comportamento das vacinas contra a Covid-19 e vem atuando proativamente junto aos desenvolvedores de vacinas, à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao Ministério da Saúde, às autoridades reguladoras internacionais, às instituições públicas e às sociedades médicas para o acompanhamento contínuo das informações científicas, das reações adversas e dos estudos de efetividade relacionados às vacinas aplicadas no Brasil".

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