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Cidades

De MS, mulheres guarani kaiowá chegam a Brasília para marchar por direitos

Movimento terá início na noite deste domingo (10) e termina na terça-feira (13)

Cassia Modena | 10/09/2023 13:46
Grupo de guarani kaiowás saiu de Mato Grosso do Sul ontem (9) (Foto: Divulgação/Eduardo Medeiros)
Grupo de guarani kaiowás saiu de Mato Grosso do Sul ontem (9) (Foto: Divulgação/Eduardo Medeiros)

Chegou em Brasília (DF) no fim da manhã deste domingo (10) um grupo 44 mulheres indígenas guarani kaiowá de Mato Grosso do Sul. Elas montam acampamento no Eixo Cultural Ibero-Americano, na área central da capital federal, para participar da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas.

Este ano, a mobilização tem o tema "Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais”, que discute a defesa dos direitos das mulheres e a preservação das culturas indígenas. A marcha também levanta temas como a luta contra o garimpo ilegal, pela demarcação de terras e pela representação indígena nos espaços de poder.

As guarani kaiowá que estarão em marcha vivem no território Nhanderu Marangatu, em Antônio João, e nas áreas de retomada Ytay e Avarete, de Dourados, além de aldeias de Amambai e Aquidauana, e na terra indígena Rancho Jacaré. São oito os indígenas homens que vivem nesses locais e as acompanham.

Em meio ao grupo de MS, está anciã de 96 anos (Foto: Divulgação/Agatha Pinheiro)
Em meio ao grupo de MS, está anciã de 96 anos (Foto: Divulgação/Agatha Pinheiro)
Faixas no acampamento das guarani kaiowá em Brasília (Foto: Divulgação/Agatha Pinheiro)
Faixas no acampamento das guarani kaiowá em Brasília (Foto: Divulgação/Agatha Pinheiro)

A mobilização é promovida pela Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade) e termina na quarta-feira (13). Estão previstas plenárias, grupos de trabalho e ações culturais, com shows como o da rapper indígena Anarandá, de Dourados.

Caminhada - No última dia da marcha, as mulheres sairão em caminhada pela Esplanada dos Ministérios, onde pretendem cobrar autoridades sobre carta de reivindicações entregue na pré-marcha, em janeiro deste ano.

Representantes do movimento de mulheres indígenas de outros Estados brasileiros e de outras partes do mundo também estarão presentes, como do Peru, dos Estados Unidos, da Malásia, da Rússia e da Nova Zelândia.


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