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Cidades

Depois de queda por vários dias, Estado volta a registrar 50 mortes por covid

Por dia, a média segue alta, com 30 vítimas feitas pela pandemia da covid-19 no Mato Grosso do Sul

Guilherme Correia | 18/05/2021 11:08
Estado tem pouco menos de 10% de sua população imunizada com as duas doses de vacina contra a covid (Foto: Paulo Francis)
Estado tem pouco menos de 10% de sua população imunizada com as duas doses de vacina contra a covid (Foto: Paulo Francis)

Boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (18) atualiza mais de 1,5 mil pessoas infectadas com o coronavírus e 50 mortes pela covid-19 em Mato Grosso do Sul. A média dos últimos sete dias é de 30,3 óbitos por dia, índice que cresceu levemente na comparação com as últimas semanas, que antes apresentavam queda devagar na quantidade de mortos.

As vítimas confirmadas apenas hoje tinham entre 92 e 34 anos. Conforme tem sido repercutido ao longo dos últimos meses, mortes de pacientes com mais de 80 anos têm reduzido, muito por conta do início da vacinação, mas não simbolizam um arrefecimento da pandemia como um todo.

Ainda em passos lentos, por conta da dificuldade na fabricação de insumos necessários para que as vacinas sejam feitas e também pela demora na aquisição de imunizantes por parte do governo federal, Mato Grosso do Sul se aproxima de 10% de sua população total, de mais de 2,8 milhões de habitantes, imunizada com as duas doses necessárias para garantir total eficácia prevista contra casos de covid, sobretudo os mais graves.

Em entrevista ao Campo Grande News, o médico infectologista Rodrigo Nascimento explica que outros países, que começaram a vacinação mais cedo, já tem atividades culturais, turísticas ou econômicas em geral retornando. "Países como os Estados Unidos ou outros lugares estão voltando com público em atividades esportivas, em outros lugares não há necessidade mais de máscaras".

Ainda assim, o vírus tem apresentado capacidade de se modificar - sobretudo em lugares onde a circulação de pessoas é muito alta e onde as medidas sanitárias não são seguidas de forma adequada. "A gente vai saber futuramente se isso tudo vai ser eficaz, pode ser que uma variante seja resistente e entre num país, por exemplo. Por isso tem que ser feita uma campanha vacinal o mais rápido possível e na maior quantidade de pessoas, tem de ser massificada como aconteceu em outras doenças que hoje estão erradicadas".

Boletim atualizado - Conforme o documento publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), maior parte dos casos são registrados enquanto "recuperados", ainda que seja importante mencionar que as novas mutações do vírus possam trazer risco de reinfecção de pessoas que já tiveram a doença.

A macrorregião de saúde de Campo Grande, que é composta por outros 30 municípios sul-mato-grossenses, tem 87% dos leitos de terapia intensiva vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde) ocupados por pacientes com ou sem covid-19.

Outras regiões do Estado acendem alerta para a não disponibilidade de estruturas hospitalares - a macrorregião de Dourados tem 94% de ocupação, enquanto as de Três Lagoas (101%) e Corumbá (100%) apresentam os índices mais alarmantes, indicando total falta de leitos e até de pacientes intubados em unidades improvisadas ou inadequadas.

Desde o início da pandemia, em meados de março do ano passado, mais de 267,6 mil pessoas testaram positivo, das quais 6.280 entraram para a estatística das mortes.



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