Escolas do interior também podem ser reformadas por presos, diz Reinaldo
Governador Reinaldo Azambuja disse que o projeto, que atendeu dez escolas na Capital, poderá ser estendido
A reforma de escolas estaduais com uso de mão de obra prisional pode ser levada ao interior do Estado. Em Campo Grande, o projeto foi responsável por obra em dez instituições de ensino. A ampliação da parceria com Judiciário foi citada pelo governador de MS, Reinaldo Azambuja, durante entrega do prédio no bairro Universitário II.
Hoje foi entregue a reforma da Escola Estadual Teotônio Vilela. O diretor Adauto Julio da Costa disse que o trabalho começou em 2018, a primeira grande reforma dos últimos 20 anos.
O governador acredita que parceria com o Judiciário viabiliza a ressocialização dos presos do regime semiaberto e contribui para melhoria da Educação. O juiz Albino Coimbra, coordenador do projeto, acredita que a proposta auxilia para minimizar duas situações crônicas e consideradas por ele, as “grandes mazelas do País: o sistema educacional e o prisional”.
A Secretária Estadual de Educação, Maria Cecília Amêndola, disse que o sistema contribui para a reinserção dos presos no mercado de trabalho.
Foram R$ 410 mil em recursos, provenientes do desconto de 10% dos salários dos 25 detentos que participaram do serviço. Do custo total, apenas R$ 97 mil provém dos cofres públicos, contrapartida da Secretaria de Educação que arca com o transporte e o pagamento dos presos que trabalharam na obra
Ao todo foram revitalizados mais de 3 mil m² que compõem a área construída da escola no Universitário, localizada num terreno de 117 mil m². O Teotônio Vilela atende 1,6 mil alunos em três períodos.
O "Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade" foi criado há cinco anos, atendendo 8.834 alunos, em custo de R$ 7,5 milhões.