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Comportamento

"Eu vejo a Vanessa todos os dias na minha frente", diz pai em missa de 7º Dia

Pai, mãe, irmão e amigos acompanharam a celebração no Santuário Perpétuo Socorro

Por Lucia Morel | 18/02/2025 19:47
"Eu vejo a Vanessa todos os dias na minha frente", diz pai em missa de 7º Dia
Mãe e irmão de Vanessa em oração na Paróquia Perpétuo Socorro. (Foto: Juliano Almeida)

“Eu vejo a Vanessa todos os dias assim, na minha frente”. A frase que impacta é do pai da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada sete dias atrás pelo ex-noivo, Caio Nascimento. Durante a celebração que lembra o sétimo dia de sua passagem, pai, mãe, irmão e amigos acompanharam a celebração no Santuário Perpétuo Socorro, na avenida Afonso Pena.

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A missa de sétimo dia da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo, foi marcada por homenagens e reflexões sobre feminicídio. A cerimônia ocorreu no Santuário Perpétuo Socorro, em Campo Grande, com a presença de familiares e amigos. O pai de Vanessa, Agmar Ricarte, expressou a dor da perda e a dificuldade de lidar com o luto. O pároco Reginaldo Padilha destacou a importância de buscar justiça e não esquecer o caso. Amigos, como Renan Nucci e Suki Osaki, ressaltaram a necessidade de mudanças no sistema para garantir mais segurança às mulheres. A missa foi um momento de conforto e reflexão sobre a vida e a necessidade de cobrar ações efetivas do poder público.

De Três Lagoas, a família está em Campo Grande para arrumar a casa onde Vanessa morava, entre outras resoluções. Sem querer estender conversa, a mãe da jornalista, Maria Madalena da Glória Ricarte, apenas afirmou que busca fé para fortalecer o coração despedaçado. “Só resta a fé em Deus mesmo”.

O pai, Agmar Ricarte, conversou mais, e afirmou que diante de tantos acontecimentos, não conseguiu parar e viver o luto. “É tanta gente procurando, falando que o que a gente faz é deitar, dormir e acordar de novo”.

"Eu vejo a Vanessa todos os dias na minha frente", diz pai em missa de 7º Dia
Agmar Ricarte, pai da jornalista Vanessa. (Foto: Juliano Almeida)

Ele conta que tem um rancho na margem do Rio Sucuriú, em Três Lagoas, cidade onde moram. Era um local onde a filha amava ficar. “Não consigo mais ir lá”, declarou, afirmando que a última vez que viu a filha presencialmente foi no começo do ano, depois das festas de Ano Novo. “Ela estava lá no dia 1º do ano, na beira do rio, passava horas lá”, lembra.

A família não tem acompanhado as notícias e a repercussão nacional do caso e não comentaram sobre isso. O pároco da igreja, Reginaldo Padilha, entretanto, comentou que apesar do momento doloroso, é preciso não esquecer e buscar justiça. “Ficamos muito sensibilizados com tudo, um feminicídio e a celebração é trazer à memória e eternizar os sentimentos nobres que ela vivia”, afirmou.

Vanessa frequentava as novenas de quarta-feira da igreja e, conforme o pároco, a missa de sétimo dia é ainda um espaço para que a família e os amigos sejam confortados pela perda e tentar lidar com a saudade.

"Eu vejo a Vanessa todos os dias na minha frente", diz pai em missa de 7º Dia
Padre Reginaldo, durante celebração da missa. (Foto: Juliano Almeida)

Amigo e ex-namorado de Vanessa, Renan Nucci, destacou que o momento era para prestar homenagem a ela e se sentou ao lado da família da jornalista. “É um momento em que a gente repensa a vida, as escolhas que fez, reordenar as prioridades”, disse.

Amiga de faculdade de Vanessa, a jornalista Suki Osaki nem é católica, mas foi uma das que acompanhou a missa de sétimo dia e para ela, é necessário que não se esqueça do que aconteceu com ela para que o Poder Público continue sendo cobrado e o sistema mude. “A missa falou em guardar a fé e é isso também que vim fazer aqui, tentar manter a fé no sistema, na humanidade.”

Por fim, sobre a necessidade de que o caso não seja esquecido e a repercussão dê frutos, Suki afirma que a colega de profissão não conseguiu a proteção que buscava e que é preciso haver mudanças. “Temos que lembrar, mês a mês e cobrar o que mudou e o que não mudou para que as mulheres possam ter mais segurança e confiança nas instituições.”

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