Falta de ar, queda de pressão e dor na barriga são alertas para dengue grave
Pessoas com comorbidades acabam sendo mais suscetíveis ao agravamento, mas cuidado deve ser de todos
Queda na pressão arterial, falta de ar e dores na região do fígado podem indicar dengue grave. Essas alterações podem ser decorrentes de outras doenças, mas acendem o alerta para algum agravamento da dengue, que pode resultar em óbito.
O infectologista Rivaldo Venâncio, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) explica que pessoas com doenças de base (comorbidades) acabam sendo mais suscetíveis a terem a saúde agravada se infectadas com dengue. Entretanto, a atenção deve ser de todos.
“Doenças crônicas do tipo hipertensão e diabetes facilitam a ocorrência da forma grave. Pessoas muito alérgicas, com asma crônica, ou com alergia a alimentos também, assim como pessoas obesas, com doenças pulmonares, insuficiência cardíaca, alguma condição que aumente o processo inflamatório do corpo”, cita Venâncio.
Em todo ano passado, conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em Campo Grande, foram 11 casos de dengue grave num universo de 8.237 confirmações. Ocorreram sete óbitos. Este ano, não há registro de dengue grave, por enquanto, nem óbitos, mas há 11 casos confirmados.
O infectologista alerta ainda que o atendimento tardio também aumenta as chances de desenvolver uma forma grave de dengue. “Mas há um conjunto de sinais que precisam ser avaliados, como a diminuição da pressão arterial, se a pessoa está sentada, levanta e dá tontura, por exemplo. Ou se tiver uma dor na barriga, bem abaixo das costelas. Poder ser problema no fígado. Falta de ar”, enumera.
Estado – Ontem, o Campo Grande News mostrou que Mato Grosso do Sul teve aumento de 306% nos casos prováveis de dengue em uma semana. Boletim semanal da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) mostrou que nos primeiros 18 dias de 2023, o Estado registrou 1.106 casos suspeitos e 229 confirmações.
De acordo com o boletim divulgado na semana anterior com dados até o dia 11 de janeiro, o Estado tinha 272 casos prováveis e 25 confirmações.