Forças de segurança vão usar 8,6 mil homens e mulheres nas eleições
Polícias Militar, Federal além das Rodoviárias e Exército vão atuar nos locais de votação e até no transporte
Pelo menos 8,6 mil policiais e militares de diversas forças farão a segurança das Eleições 2022 no próximo domingo, 2. A atuação vai desde a presença nos locais de votação, o policiamento ostensivo nas ruas, apoio logístico e operacional, além do transporte de eleitores em locais distantes.
O pedido do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) foi de ao menos dois policiais ou guardas em cada local de votação, mas o presidente do tribunal, desembargador Paschoal Carmello Leandro, pondera que o planejamento de cada força é que vai definir se será possível atender essa solicitação ou não.
A Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, por exemplo, terá 181 guardas destacados para o dia 2, sendo que haverá um em cada escola municipal que servirá de local para votação, que totalizam 98.
As Forças Armadas terão atuação principal na fronteira e está destacada para 101 locais de votação em nove municípios onde, conforme Leandro, há maior risco de ações criminosas, devido principalmente a presença do PCC (Primeiro Comando da Capital). São eles: Amambai, Paranhos, Bela Vista, Caracol, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Caarapó e Antônio João.
Numa décima cidade de fronteira, Porto Murtinho, o Exército atuará ainda na questão logística, fazendo transporte de urnas e de eleitores indígenas nas aldeias São João e Alves de Barros, que são locais de difícil acesso.
De acordo com informações da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o efetivo estadual – Polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros – estarão mobilizadas com 8 mil homens e mulheres.
Em nota, a secretaria afirma que a atuação será em todo Estado “para prestar apoio irrestrito à Justiça Eleitoral, visando prevenir, coibir e reprimir, se necessário for, toda e qualquer ação ou delito que de alguma forma venham a prejudicar o bom andamento das eleições e da ordem pública, no primeiro e segundo turnos das eleições”.
As ações da segurança pública serão intensificadas nos locais e espaços que possuem relação direta com o pleito eleitoral, como cartórios eleitorais, locais de votação, locais de totalização/apuração, vias públicas e estações de transporte público. Para tanto, cada instituição de segurança elaborou seu próprio planejamento específico de ações, protocolos e planos operacionais integrados.
Polícia Militar – segundo nota da PM, praticamente todo efetivo da corporação estará escalado a partir de sábado, dia 1º de outubro, até o final da apuração dos votos.
Conforme a PM, compete a ela, “a repressão ao cometimento dos crimes eleitorais, como o transporte irregular de eleitores, boca de urna, corrupção eleitoral, bem como, fazer cumprir a determinação que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes, conveniências e demais estabelecimentos comerciais, entre as 3h e 16h do dia da votação”.
A corporação ainda atuará na segurança e escolta das urnas eletrônicas, bem como, realizará de modo integrado com o Tribunal Regional Eleitoral o planejamento operacional para a execução do policiamento ostensivo nos locais de votação, apuração e totalização dos votos.
Rodoviárias Federal e Estadual – a ação da PRF começa em 1º de outubro com o transporte e escolta das urnas que farão o teste de integridade, além de haver reforço de policiamento em todas as rodovias federais de Mato Grosso do Sul com 130 polícias atuando.
A PMR (Militar Rodoviária), que é estadual, terá 90 policiais atuando, com reforço nas rodovias estaduais de maior fluxo, que ligam distritos a cidades importantes do interior do Estado: MS-080 que liga Rio negro, Corguinho, Rochedo a Campo Grande, MS-164 que liga Maracaju a Ponta Porã; MS-162 que liga Dourados ao Distrito de Itaum; MS-156 que liga Caarapó, Amambai e Tacuru.
Federal - serão empregados aproximadamente 300 policiais federais, a maioria encarregada de realizar o policiamento ostensivo nos locais de votação de todas as aldeias indígenas do Estado e prestar apoio aos juízes eleitorais.
A reportagem entrou em contato com o Comando Militar do Oeste, representante das Forças Armadas em Mato Grosso do Sul, mas não obteve retorno do total efetivo a ser empenhado nas ações das Eleições 2022.