Governo quer ampliar estruturas da saúde para enfrentar 3ª onda de covid-19
Nas últimas semanas, números de contaminação e ocupação em leitos voltaram a crescer em todo o Estado
Diante da possibilidade de uma nova escalada de casos da covid-19 em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria Estadual de Saúde), informou durante evento realizado neste sábado (22), que está analisando a possibilidade de ampliação nas estruturas de unidades de saúde do interior do estado, para o enfrentamento de uma eventual terceira onda da doença.
Com o aumento da circulação de pessoas e o afrouxamento nas medidas de biossegurança, os números de contaminações voltaram a subir em todo o estado. Boletim divulgado hoje (22), pela secretária de saúde, aponta que 275.21 pessoas já foram contaminadas com a doença no Estado, 1.954 casos apenas nas últimas 24h.
“Nossa média móvel desta semana foi a maior desde o início da pandemia, desde março do ano passado. Nossa média móvel de casos atualmente está em 1.530 casos por dia, considerando a última semana. São mais de 1.200 pessoas internadas em hospitais, em leitos clínicos e UTI's”, afirmou o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende.
A apreensão em relação 3ª onda ainda maior devido a falta de estrutura em unidades que já estão sofrendo com a falta de leitos e filas de pacientes aguardando vagas na terapia intensiva. “Foram registrados ontem, em todas as macrorregiões do estado: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá, a ausência de leitos de UTI. Estamos com hospitais e upas totalmente ocupadas e áreas que são destinadas para outros agravos em saúde, sendo transformadas em atendimento para pacientes com covid”, alertou Resende.
De acordo com o secretário, estão previstas reuniões com autoridades de Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas para dar início a um processo de abertura de novos leitos para o enfrentamento da terceira onda da doença.
Mesmo com a situação crítica, Resende ressalta que ainda é possível evitar um cenário de catástrofe, desde que combinado com a estruturação de unidades de saúde, a população continue adotando medidas de distanciamento e isolamento social, além do uso de máscaras.
“Se nós não tivermos precauções e ações efetivas vamos chorar um mar de lágrimas. Não podemos negar uma doença tão cruel como essa. Estamos buscando caminhos e tomando decisões para preservar o maior patrimônio que Mato Grosso do Sul possui, que é sua gente”, finalizou.