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Cidades

Juiz se declara suspeito para julgar ações de advogados ligados ao PCC

Juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, alegou “foro íntimo” para sair dos casos

Jhefferson Gamarra | 12/04/2023 14:00
Advogado Bruno Ghizzi, no dia em que foi preso pelo Gaeco. (Foto: Henrique Kawaminami)
Advogado Bruno Ghizzi, no dia em que foi preso pelo Gaeco. (Foto: Henrique Kawaminami)

O juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, alegou “foro íntimo” e se declarou suspeito nas penais contra advogados ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) presos durante a Operação Courrier, deflagrada pelo Gaeco no ano passado. O despacho foi publicado no Diário da Justiça desta quarta-feira (12).

“Ante o exposto, hei por bem em me declarar suspeito por foro íntimo nas presentes ações”, declarou o magistrado. A suspeição pode ser declarada quando o juiz tem a sua imparcialidade questionada por conta de situações pessoais ou posicionamento, como amizade ou inimizade com uma das partes, familiaridade, entre outras relações com réus.

As ações em que o magistrado se declarou suspeito, jugariam os advogados Bruno Ghizzi, Jhonatas Wilson Moraes Candido, Luiz Gustavo Battaglin Maciel, Marco Antônio Arantes de Paiva, Marlon Guilherme Roriz Guimarães,  Maxuesle Rodrigues Andrade e Rodrigo Pereira da Silva Corrêa. O grupo dava suporte à organização criminosa conhecida como PCC.

A suspeição do titular da 6ª Vara Criminal de Campo Grande já havia sido pedida pelo MPE (Ministério Público Estadual), após promotores interceptarem conversas entre o juiz e um dos réus criticando a atuação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

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