Mesmo com gratuidade, sobram vagas nos cursos profissionalizantes do Senai
Receio de perder auxílio faz que muitos não busquem a profissionalização, avalia presidente da Fiems
Em Mato Grosso do Sul sobram vagas para os cursos de qualificação profissional oferecidos pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Apesar da ampla oferta em diversas áreas, faltam interessados, já que muitos têm receio de perder o auxílio social caso busquem a profissionalização.
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Em Mato Grosso do Sul, o Senai enfrenta dificuldades para preencher vagas em cursos de qualificação profissional, apesar da oferta gratuita em diversas áreas. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, aponta que muitos evitam a profissionalização por medo de perder benefícios sociais, acreditando que o Sistema S é público. O Senai oferece cursos técnicos em segurança do trabalho, eletrotécnica, entre outros, e estima que até 2027 serão necessários 207 mil profissionais qualificados no estado. Setores como logística, alimentos e construção estão entre os que mais demandarão mão de obra qualificada.
A afirmativa é do presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, que nesta semana participou do podcast Na Íntegra, do Campo Grande News. Durante a entrevista, ele pontuou que atualmente existe a dificuldade de preencher as vagas disponibilizadas.
“Temos muitas vagas abertas de qualificação profissional. Cerca de 200 atividades estão no site do Senai e a maioria é gratuita, temos 75% de gratuidade no Senai. Com muita dificuldade, tenho chegado a 25% porque mesmo os beneficiários de programas sociais não têm buscado qualificação”, diz.
Entre os cursos técnicos oferecidos no Senai estão o de segurança do trabalho, eletrotécnica, mecânica automotiva, técnico em administração, técnico em eletromecânica e técnico em automação industrial. Ofertados em todo Estado, alguns têm requisitos como ter concluído ou estar cursando o ensino médio.
O presidente da Fiems também explicou que muitos não entendem que o Sistema S é de iniciativa privada. Por acreditarem que é pública, as pessoas deixam de realizar um ou mais cursos mesmo estando, de certa forma, “paradas”.
“Na hora do cadastro, a pergunta que mais vem no Senai é: ‘Se eu fizer essa qualificação, eu posso perder o benefício social?’. Isso é uma dúvida e sempre falamos que não, porque as pessoas imaginam que o Sistema S é um órgão público”, comenta.
Também nesta semana, o Senai divulgou que, até 2027, Mato Grosso do Sul precisará de cerca de 207 mil profissionais com formação adequada para ocupar vagas de trabalho. A estimativa é baseada em dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Além disso, foi divulgado os cinco setores que mais precisarão de profissionais nos próximos anos. Entraram na lista logística e transporte, alimentos e bebidas, construção, agropecuária, manutenção e reparação. Para cada um desses setores são ofertados cursos profissionalizantes.
Os cursos oferecidos podem ser acessados no site https://www.fiems.com.br/
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