Para controlar pragas, MS adere ao vazio sanitário da soja
Cultivo será suspenso até 15 de setembro para evitar propagação da ferrugem asiática
Com objetivo de prevenir e controlar a propagação de doenças e praças nas lavouras, Mato Grosso do Sul aderiu ao vazio sanitário da soja nesta semana. Desde quinta-feira (15), está proibido o cultivo, implantação ou presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de crescimento.
De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), as medidas em vigor serão adotadas até 15 de setembro. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
O fungo Phakopsora pachyrhizi, que é o causador da ferrugem asiática, uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra e que possui alta capacidade de reprodução e disseminação.
Vale ressaltar que na última safra, verão 2022/2023, o Estado registrou 57 casos de ferrugem asiática, ficando atrás apenas do Paraná, com 83 casos. O Mato Grosso, maior produtor de soja, registrou apenas 16 ocorrências. Em MS, o maior número de casos foi registrado no município de Naviraí, 16.
“A ferrugem é causada por um fungo que precisa da planta viva de soja para sobreviver. Então se você não tem a planta no ambiente, na lavoura, no campo os esporos do fungo da ferrugem sobrevivem no máximo por cinquenta dias. Então se ele não encontrar as plantas, ele vai cair e vai morrer. E com isso vai diminuir a população do fungo”, explica.
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