Pecuarista vítima de assalto era de família ruralista tradicional de Ponta Porã
Mulher tinha 38 anos e morreu asfixiada durante assalto
Vítima do assalto que resultou em sua morte, a pecuarista Andreia Aquino Flores vem de família tradicional de Ponta Porã. Filha do casal de produtores rurais Ocídio Pavão Flores e Joana Aquino Flores, donos de vasto patrimônio, incluindo imóveis rurais e urbanos, gados, maquinários e empreendimentos.
Dentre as propriedades fazendas nos municípios de Guia Lopes da Laguna e Bela Vista. O pai morreu em janeiro de 2013 em Dourados em decorrência de infarto sofrido em março de 2012. Ele chegou a ser tratado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, recebeu alta para ser tratado em casa, mas meses tentando recuperação não resistiu.
A mãe ainda reside em Ponta Porã e assim como a irmã, Andreia morava em Campo Grande.
A pecuarista tinha acabado de completar 38 anos e era divorciada. A polícia ainda apura o motivo e as circunstâncias do crime que ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (28).
Histórico – Quase 10 anos após a morte de Ocídio, o espólio segue sem ser finalizado. Na Justiça há várias ações acerca da herança. Isso porque Andreia tinha três irmãos, sendo uma por parte de pai e mãe e outros dois, ainda crianças, filhos do pai com outra parceira.
A divisão de bens, que inclui desde relógio da marca Rolex de ouro 18 quilates até fazendas avaliadas em milhões, se arrasta há uma década devido à logística da família. Segundo consta em uma das ações, o patriarca iniciou novo relacionamento em 2005 com mulher residente em Ponta Porã.
Da relação nasceram duas crianças, que ainda estavam na primeira infância quando o pai morreu. A mãe de Andreia ingressou com processo pedindo o divórcio, mas, sem resolução do caso, integra o espólio como viúva.
Com a segunda companheira ele mantinha união estável, também de acordo com o que aparece nos autos. Além da judicialização do espólio, Andreia movia ação contra a mãe e a irmã devido à partilha de bens.
Sobre a morte de Andreia, a advogada Ildália Aguiar de Souza Santos disse que “a família vai se manter em silêncio” e que vai aguardar a investigação transcorrer para atuar de alguma outra forma. A suspeita é de latrocínio.