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Cidades

Perícia reproduz acidente fatal, para ver se motorista jogou vítima de caminhão

Em outubro do ano passado, jovem de 20 anos estava na boleia e morreu depois de cair de veículo em movimentto

Ângela Kempfer e Bruna Marques | 17/07/2020 12:09
Peritos simulam com boneco o trajeto do corpo da vítima. (Foto: Henrique Kawaminami)
Peritos simulam com boneco o trajeto do corpo da vítima. (Foto: Henrique Kawaminami)

Nove meses depois, a DEAM (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) fez na manhã desta sexta-feira (17) a reprodução simulada do acidente que provocou a morte de Caroline de Lima Belardo.

Em outubro do ano passado, aos 20 anos, ela morreu depois de cair de um caminhão em movimento e ter o crânio esmagado pela roda traseira do veículo, em Campo Grande.

Hoje, caminhoneiro de 35 anos, que não teve o nome divulgado, participou da reprodução no mesmo ponto do acidente, na Rua Indaiatuba, em Indubrasil. Segunda a DEAM, o trabalho só ocorreu agora porque a equipe de investigação esperava os primeiros laudos.

Na época da morte, o homem fugiu sem prestar socorro e se apresentou uma semana depois, contanto que a vítima se jogou do caminhão em movimento.

Na versão do motorista, os dois já se conheciam. Caroline o encontrou no mesmo dia, em um bar. Em depoimento, disse que ao sair do lugar, já dentro do veículo, avisou que iria dormir em um posto, mas recebeu outra proposta. “Ela teria dito que era para dormir na casa dela”, conta a delegada titular da DEAM, Fernanda Félix.

Como recusou o convite, o caminhoneiro garante que Caroline abriu a porta e se jogou com o veículo em velocidade considerável. Como mora no Rio Grande do Sul, o homem contou que resolveu continuar viagem e depois retornou a Campo Grande, com dois advogados.

A jovem caiu e for atropelada, como mostra a cena da reprodução.
A jovem caiu e for atropelada, como mostra a cena da reprodução.

De volta ao local - Hoje, 4 peritos usaram um boneco de 70 quilos para entender a dinâmica do acidente. Lançaram o "corpo" como se a jovem tivesse sido empurrada e também na hipótese dela ter se jogado do caminhão.

Duas câmeras foram instaladas dentro do veículo, para registrar todos os detalhes do percurso do corpo até o chão, nas duas possibilidades investigadas.

Foram analisadas, por exemplo, a velocidade do caminhão e, inclusive, se era possível o motorista abrir a porta da passageira e empurrar Caroline ao mesmo tempo.

Depois de cerca de 1 hora e meia de trabalho, preliminarmente, a equipe considerou que, pela maneira como ocorreu o atropelamento, a vítima se jogou.

A motorista já foi indiciado por homicídio culposo de trânsito, sem intensão de matar, mas com agravante da omissão de socorro.

O novo laudo deve ficar pronto na semana que vem.

Advogados que acompanham o caso ouvem explicação dos peirtos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Advogados que acompanham o caso ouvem explicação dos peirtos. (Foto: Henrique Kawaminami)


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