Pouca gente usa, mas rastreador acha bikes, cada vez mais visadas por ladrões
Veja tudo sobre aparelhos que custam a partir de R$ 100 e podem ficar escondidos na bicicleta
Furto de bicicleta só aumenta, mas pouca gente pedala prevenido. Custa entre R$ 100 e R$ 230 ter um rastreador na bike. É difícil saber quem usa um desses, porque geralmente as pessoas não revelam, justamente para que o rastreador não seja encontrado em caso de roubo ou furto. Nas delegacias, as ocorrências de furto aumentam, mas ninguém tem rastreador, segundo o delegado chefe das Depacs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário), João Eduardo Davanço.
Sem o equipamento, quem foi furtado tem que contar com a ajuda de câmeras de segurança, fornecer as informações sobre a bicicleta à polícia e esperar pela investigação. Quase sempre as bikes são encontradas com o receptor, ou seja, quem compra o produto ou em pontos de vendas de drogas, de acordo com o delegado.
O setor de estatísticas da Polícia Civil não tem levantamento específico sobre furtos e roubos desse tipo de veículo, mas o delegado revela que os furtos de bicicleta aumentaram nos últimos anos.
“Isso ocorre por dois motivos: os preços das bicicletas aumentaram e tem cada vez mais gente usando para prática esportiva e não somente como meio de transporte. Há ocorrências em que o ladrão entra na casa especificamente para furtar a bicicleta devido ao alto valor”, comenta Davanço.
Preços
Os rastreadores são fáceis de usar e de esconder. Existem vários modelos e preços em sites da internet, mas os das marcas Samsung e Apple são os mais recomendados, na opinião do proprietário da loja Colmick Bike, Valter Colman.
Ele explica que a duração da bateria desses modelos é de cerca de um ano.
“Isso facilita, porque como o rastreador fica escondido, você pode se esquecer de carregar, nos casos dos mais simples que exigem carregamento em menos tempo,”
O rastreador da Apple tem preços a partir de R$ 230 e o mais barato da Samsung sai por R$ 149 na internet.
Com uma bateria que dura cerca de nove dias em uso constante e até duas semanas em uso moderado, há rastreadores mini GPS, que são geralmente utilizados para carros, ao custo de R$ 99. Alguns até gravam sons do ambiente.
Apesar do equipamento não ser comum entre os que fazem registro policial de roubo ou furto, muitas pessoas fazem instalação, segundo Valter.
“Desde o início do ano, já instalei rastreador para três clientes. As pessoas que têm um desses não comentam geralmente, nem com os amigos, porque não querem que alguém saiba onde está o aparelho”, comenta Valter.
Como usar
É bom que o rastreador seja bem pequeno. Na hora de comprar, é importante ver se o tamanho é compatível como lugar que o aparelho vai ocupar na bike.
Dá para improvisar, mas há suportes específicos.
Valter recomenda que as pessoas busquem um mecânico para fazer a instalação de modo que o aparelho fique bem escondido e sem risco de cair durante o uso da bicicleta.
Um seguro também é uma boa, mas para quem faz mudanças nas peças da bike, Valter recomenda inserir o veículo em um seguro de bens.
"Já vimos casos em que a pessoa fez o seguro para a bicicleta, mas depois trocou peças e, muitas vezes, utiliza peças compradas no Paraguai. O seguro não vai cobrir essas atualizações na bike. Então, a pessoa acaba pagando caro. O melhor é inserir a bike em um seguro maior junto a outros bens. Neste caso, pode compensar", explica.