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Cidades

Proximidade com a fronteira dificulta cumprimento de mandados, diz PF

Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que no Estado há mais de 8,3 mil mandados de prisão em aberto

Ana Paula Chuva e Silvia Frias | 03/08/2021 15:19
Operação para cumprimento de 122 mandados de prisão, em 2020. (Foto: Arquivo)
Operação para cumprimento de 122 mandados de prisão, em 2020. (Foto: Arquivo)

Entre as dificuldades para cumprimento dos 8,3 mil mandados de prisão em aberto em Mato Grosso do Sul, a PF (Polícia Federal) cita a proximidade com a fronteira como um dos principais. No banco de dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), há decretos no Estado perto de completar o prazo de validade como um da 1ª Vara Federal de Dourados, expedido em 1999.

Em reposta à reportagem do Campo Grande News, a PF explicou que dentro da Delegacia Regional Mato Grosso do Sul, há um núcleo de captura, responsável pelo cumprimento desses mandados de prisão.

No entanto, há diversas dificuldades para esse cumprimento, como a localização do foragido, já que o Estado faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia, além do acesso aos cadastros que demandam autorização judicial.

Em nota, a Polícia Civil explicou que os mandados são inseridos no Sistema Operacional pela Polinter (Delegacia Especializada de Polícia Interestadual e Capturas) e ficam disponíveis para que todas as forças de segurança possam fazer o cumprimento.

"Seja por abordagens de rotina ou por meio de operações, no entanto, não é possível esgotar toda a demanda.", diz a nota.

Através da assessoria, a corporação também afirma que, em 2020, foram cumpridos pelas forças de segurança, inclusive, a Polícia Civil, 5.075 mandados de prisão e em 2021, até o momento, foram 2.750 cumprimentos.

Banco de Dados - Conforme o banco de dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), entre os 8.334 mandados de prisão em aberto no Estado, 1.322 são de foragidos e 7.012 de pessoas. Do total de mandados, 3.407 referem-se a processos de réus de Campo Grande, onde o mais antigo foi expedido pela 3ª Vara Criminal, em 15 de julho de 2012, de homem de 51 anos, procurado por estelionato e supressão de documentos. O prazo para cumprimento acaba em 2035.

Já no Estado, o mandado mais antigo é de 1999, de prisão preventiva, expedido pela 1ª Vara Federal de Dourados contra mulher, natural de Bandeirantes, de 69 anos. No sistema do CNJ, consta que o documento expira em 24 de setembro de 2022 e está relacionado a processo de estelionato. Pelo sistema, apesar de estar acima de 20 anos de expedido, continua como "em aberto".


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