Saúde cria comitê para monitorar possíveis casos de coronavírus em MS
Centro de Operações de Emergência foi criado para prevenção e combate ao vírus que já matou 213 pessoas na China
Resolução da Secretaria Estadual de Saúde criou o Centro de Operações de Emergência (COE) para definir as estratégias de prevenção e possível controle do coronavírus, doença que infectou mais de 9 mil pessoas em 21 países e causou 213 mortes na China, já enquadrado como epidemia.
A secretaria estadual segue as diretrizes adotadas do Ministério da Saúde que, no dia 29, criou grupo de emergência em saúde pública, para monitorar as ações referentes aos coronavírus. No Brasil, nove casos estão sendo investigados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1).
A resolução foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado. O COE irá acompanhar as ações desenvolvidas pela secretaria e as instituições envolvidas e será responsável por coordenar e executar as ações de saúde que podem atuar em eventuais emergências relacionadas ao coronavírus.
O centro também irá monitorar as ações que forem desenvolvidas pelas secretarias municipais, executar a distribuição e controle dos medicamentos, capacitar pessoal nas vigilâncias sanitárias e elaborar fluxograma de responsabilidades para desencadear resposta ao vírus.
O COE será formado pela secretaria de Saúde, diretoria geral de vigilância, Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), gerência técnica de influenza, dos núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar, de urgência e emergência, de saúde da família, além das coordenadorias de ações da saúde, de gestão do cuidado, de assistência farmacêutica e assessoria de comunicação em saúde.
A secretaria já havia determinado o aviso de que os hospitais em Mato Grosso do Sul tem prazo de 24 horas para comunicar qualquer caso suspeito de infecção por coronavírus.
Em Campo Grande, a Santa Casa iniciou plano de contingência para tratamento de possíveis vítimas. O hospital também irá reforçar o estoque de máscara específica, a N95-PPF2, como parte do protocolo definido para lidar com o eventual surgimento de casos de contágio.
O hospital descartou o 1º “caso provável” de coronavírus no dia 29. Rapaz de 21 anos com histórico de dores musculares, tosse seca, sensação de febre e falta de ar ao fazer exercício. Ele teve contato com um amigo que viajou para a China nos últimos 15 dias. A suspeita foi afastada no mesmo dia, depois do jovem passar por exames complementares.
No período em que ficou no hospital, permaneceu em isolamento para vigilância epidemiológica, seguindo protocolo determinado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O paciente foi liberado às 20 horas de quarta-feira (29), após 10 horas em isolamento, porque "após a finalização dos exames e avaliação dos especialistas foi descartada a suspeita para coronavírus", reforça a Santa Casa.