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Cidades

TJ mantém preso homem que matou esposa em acidente na Av. Mato Grosso

William Júnior Moraes Guimarães estaria dirigindo em alta velocidade e com sinais de embriaguez

Silvia Frias | 05/06/2023 10:13
William teria pedido para reatar com Ângela no dia do acidente. (Foto/Arquivo familiar)
William teria pedido para reatar com Ângela no dia do acidente. (Foto/Arquivo familiar)

Quase 20 dias depois do acidente que causou a morte de Ângela Maria Santos Vieira, 27 anos, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve na prisão o borracheiro William Júnior Moraes Guimarães, 25 anos, condutor do veículo e companheiro da vítima.

O acórdão com a decisão da 3ª Câmara Criminal foi publicado na edição de hoje do Diário da Justiça. Guimarães está preso desde a madrugada de 15 de maio, no Centro de Triagem de Campo Grande, depois de se envolver em acidente ocorrido na Avenida Mato Grosso, no cruzamento da Rua Dr. Paulo Coelho Machado.

A colisão aconteceu por volta das 22h10 de 14 de maio. Willian Júnior Moraes Guimarães conduzia um Volkswagen Jetta pela Avenida Mato Grosso, quando, segundo boletim de ocorrência, no cruzamento com a Rua Dr. Paulo Machado, em alta velocidade, furou o sinal vermelho e bateu em um Chevrolet Tracker, conduzido por uma mulher.

Após o impacto, o Jetta invadiu o canteiro central, derrapou na pista e colidiu no muro de uma empresa. Willian recebeu atendimento, mas não precisou ser encaminhado a unidade de saúde.

Ângela ocupava o banco dianteiro do passageiro, justamente o lado atingido pelo Tracker. Ela recebeu atendimento, mas morreu no local. O passageiro, que ocupava o banco de trás, sofreu ferimentos leves e foi socorrido. A condutora do Tracker teve fratura no antebraço direito.

Ângela morreu aos 27 anos e deixou dois filhos. (Foto/Arquivo familiar)
Ângela morreu aos 27 anos e deixou dois filhos. (Foto/Arquivo familiar)

No boletim de ocorrência, consta que o casal e um amigo estavam em uma conveniência, bebendo desde as 17h30. Conforme o documento, foram constatados vários indícios de sinais de embriaguez em William.

Prisão – A defesa do borracheiro tentou reverter a prisão preventiva, alegando que não há provas de que, em liberdade, represente prejuízos ao andamento da investigação. Também alega que ele é réu primário, tem bons antecedentes e é responsável direto pelos cuidados do filho menor, de 4 anos, que mora com ele e a família, no bairro Estrela Park.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) contestou as alegações, dizendo que a prisão dada pelo juiz plantonista foi fundamentada. Também avalia que a criança não ficará desassistida, já que William morava com mãe e o irmão. O juiz plantonista, Aluizio Pereira dos Santos, que reverteu o flagrante em preventiva, também foi consultado e manteve a avaliação.

O recurso foi protocolado no TJMS. Em decisão monocrática, no dia 19 de maio, o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, relator do pedido, avaliou que o borracheiro “protagonizou prática delitiva de inegável periculosidade social, o que revela, sem sombra de dúvida, a necessidade da sua segregação para a garantia da ordem pública”.

O voto foi seguido pelos demais membros da 3ª Câmara Criminal, no dia 2 de junho, sendo publicada hoje no Diário da Justiça. Além de Bonassini, participaram da sessão os desembargadores Dileta Terezinha Souza Thomaz e Jairo Roberto de Quadros.

Nos recursos protocolados, consta que Guimarães é solteiro e morava com mãe, irmão e sobrinho. No entanto, em declaração anterior ao Campo Grande News, o ex-marido de Ângela, Cléber Santos, diz que ela e Guimarães estavam casados e três semanas antes do acidente tinham se separado.

No dia 14 de maio, Ângela e William haviam se encontrado e ele havia pedido para reatar a relação. Em seguida, eles entraram no carro, juntamente com o amigo, saindo pela avenida Mato Grosso, quando aconteceu o acidente.

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