Após reviravolta, líderes de golpe com 25 mil vítimas retornam a presídio
Os dois estão com tornozeleira eletrônica e ficaram um dia em liberdade
Soltos ontem, Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo, apontados pela PF (Polícia Federal) como líderes de um golpe que fez 25 mil vítimas no Brasil, voltaram à prisão nesta terça-feira (dia 20).
De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), eles retornaram ao Presídio de Trânsito, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Os dois ainda estão com tornozeleira eletrônica. Ainda não foi decidido se o dispositivo será retirado no presídio ou se os presos serão escoltados até a Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual, na rua Joaquim Murtinho.
No último sábado (dia 17), durante o plantão, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, concedeu o habeas corpus e definiu medidas cautelares diversas de prisão, como uso de tornozeleira eletrônica e comparecimento mensal à Justiça. Eles estavam presos desde 21 de novembro, quando foram alvos a operação Ouro de Ofir.
Ontem (dia 19), decisão do desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva revogou a medida e determinou que a prisão preventiva de Celso Eder, Anderson e Sidnei dos Anjos Peró, também alvo da Ouro de Ofir, seja mantida até pronunciamento final da 3ª Câmara Cível do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A reportagem não conseguiu contato com a defesa.
A operação investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento.
Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão. Mas há quem tenha investido R$ 500 mil.Ouro de Ofir, nome da operação, é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza.