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Capital

“Desabafo em momento de tensão”, diz TJ sobre declaração atribuída a Name

”Não se trata de apontamento a nenhum membro individual do Poder Judiciário”, afirma o Tribunal

Marta Ferreira | 02/10/2019 14:05
Tribunal de Justiça diz que não se manifestará sobre "suposta fala". (Foto: Arquivo)
Tribunal de Justiça diz que não se manifestará sobre "suposta fala". (Foto: Arquivo)

Procurado pelo Campo Grande News, depois que veio a público afirmação ofensiva aos desembargadores da parte do empresário Jamil Name, 80 anos, preso deste sexta-feira (27), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul minimizou a informação. Em nota enviada à reportagem, a declaração foi atribuída a um “desabafo em um momento de tensão” e, por isso, a Corte não se manifestaria sobre a “suposta fala”.

”Não se trata de apontamento a nenhum membro individual do Poder Judiciário”, observa o texto. “Ressaltamos que, se este fato realmente ocorreu, se trata mais de um desabafo em um momento de tensão sem individualizar ninguém, sem nominar nenhum magistrado, e por isso o Tribunal não vai emitir posicionamento oficial”.

Sobre a segurança dos magistrados envolvidos em processos que tratam de organizações criminosas, o Tribunal declarou que, em casos que “possam de alguma maneira gerar insegurança para membros do Poder Judiciário”, as medidas são tratadas pela Comissão de Segurança Institucional do Tribunal. “As medidas são adotadas de forma imediata mas que são obviamente sigilosas, tendo em vista a necessidade de proteger os membros do Poder Judiciário”.

O que aconteceu - Documento protocolado nesta segunda-feira (1º) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na medida investigatória que pediu as prisões de 23 pessoas alvos da Operação Omertà, para desbaratar grupo de extermínio em Campo Grande, reforça a necessidade de manter os envolvidos na cadeia.

O texto revela que ações de inteligência detectaram plano de atentado ao delegado Fábio Peró, titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), que investigou o esquema criminoso.

No documento protocolado na medida judicial, os quatro promotores responsáveis pelos pedidos de prisão - Cristiane Mourão Leal dos Santos, Tiago de Giulio Freire, Thalys Franklyn de Souza, Gerson Eduardo de Araujo - revelam, ainda, que o empresário Jamil Name, 80 anos, proferiu impropérios contra os desembargadores do Tribunal de Justiça. Chegou a chamá-los de analfabetos e “desembargadores de merda”.

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