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Capital

"Prateleiras continuam vazias”, diz sindicato sobre remédios nos postos

Sindicato soltou nota de repúdio contra prefeitura; Categoria reclama da estrutura oferecida para trabalho e dos baixos salários

Yarima Mecchi | 21/03/2017 12:24

Os médicos que prestam serviço na rede municipal de saúde, através do Sindmed-MS (Sindicato dos Médicos do Estado), publicaram uma nota de repúdio contra a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) com relação as informações divulgadas sobre a compra de remédios e a escala dos profissionais.

"Em recente publicação, a Secretaria de Saúde afirmou que 75% do estoque de medicamentos foi regularizado, porém a realidade é outra, as prateleiras continuam vazias e os principais remédios em falta", diz a nota do sindicato.

Eles afirmam que as escalas divulgadas também são erradas e não condizem com a realidade. "Os números não coincidem com o déficit de mais de 500 médicos, o que impossibilita o atendimento nas unidades", alega o sindicato.


O médicos reclamam da estrutura oferecida para trabalho e dos baixos salários, de R$ 2.516,72, que segundo a categoria não é reajustada há mais de três anos.

Categoria - Os profissionais afirmam que os remédios que chegaram na Sesau são de uso para atenção básica e que ainda faltam medicamento para as UPA's (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS's (Centros Regionais de Saúde). 

"Chegou água destilada, alguns remédios para pressão e diabetes, paracetamol e dipirona via oral, antialérgico via oral também, ranitidina. A maioria usado na atenção básica. Aquelas de emergência para infarto, as ampolas de náusea, tramal para dor, nada chegou", disse um médico que não quis se identificar. 

Sesau - A Sesau, também em nota, lamentou a divulgação por parte do sindicato e afirmou que tem mantido o diálogo com a categoria médica.

"Ao assumir a pasta, a administração encontrou um déficit enorme no estoque da Farmácia Central, pois os materiais não eram adquiridos desde junho de 2016, e que em apenas três meses de gestão conseguiu reabastecer o setor passando de 33% (nível crítico) para 75% (nível aceitável) de medicamentos para atender à população", reafirma a Sesau.

A secretaria rebate a nota do sindicato e ressalta que os medicamentos são distribuídos a todas as unidades de saúde e com escala especial de entrega para UPA's e CRS's. "Os estoques das farmácias são reabastecidos em até 24 horas após o recebimento do produto na Farmácia Central".

Com relação a escala de plantões nas unidades de atendimento 24h, a Sesau informou que tenta regularizar através de remanejamento de profissionais.

"A precária situação das unidades de saúde não é recente e desde o início deste ano a atual gestão da Sesau tem realizado todos os esforços necessários para sanar os problemas encontrados, possibilitando condições mínimas de atendimento à população".

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