A pedido da acusação, o STJ adia julgamento de réu por morte de segurança
Foi adiado mais uma vez o julgamento de Cristhiano Luna de Almeida, acusado pela morte do segurança Jefferson Bruno Escobar, que estava marcado para a próxima quarta-feira (12).Brunão, como era conhecido, foi morto durante uma briga em uma casa noturna de Campo Grande. No dia 8 deste mês, um recurso havia da acusação havia adiado o julgamento para o fevereiro, mas a defesa conseguiu liminar impedindo o adiamento.
O assistente de acusação, Rodrigo Martins Alcântara, ingressou com uma petição no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para restabelecer das qualificadoras.
Sobre esta petição, o Ministro Og Fernandes acolheu o pedido do assistente de acusação e concedeu a liminar para conferir efeito suspensivo, suspendendo assim a decisão do TJ (Tribunal de Justiça) que havia permitido a realização do julgamento nesta quarta-feira mesmo sem a apreciação do recurso que tramita em Brasília.
O juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, suspendeu o julgamento até decisão do STJ sobre o recurso que analisa a manutenção ou não das qualificadoras.
Se fosse realizado nesta quarta-feira (12), o réu seria levado a júri por homicídio simples, com pena prevista entre 6 e 20 anos.
Com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, no intuito de que o réu seja levado a júri por homicídio qualificado, com pena que varia entre 12 e 30 anos.
Caso - Jefferson Bruno, o Brunão, de 23 anos, morreu na madrugada do dia 19 de março de 2011. Ele era segurança de um bar localizado na avenida Afonso Pena. Cristhiano se envolveu em confusão no interior da casa e foi retirado por Brunão e colegas.
Já na calçada do local, Cristhiano desferiu golpes no segurança, o que teria ocasionado sua morte. O réu é bacharel em Direito e praticava jiu-jitsu.
De início, Christiano Luna foi autuado por lesão corporal seguida de morte, no entanto, no decorrer das investigações a Polícia Civil verificou que ele teve intenção de matar e o indiciou por homicídio doloso.
A defesa contesta e diz que a causa da morte pode ter sido a massagem errada feita no segurança após ter sido atingido. À Justiça, o jovem declarou que havia ingerido bebida alcoólica, que causou confusão no bar, mas que não tinha intenção de matar o segurança e nem de ofender o garçom.
Ele também foi denunciado por injúria. O rapaz foi preso em flagrante, mas já está em liberdade