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Capital

Acampamento sem fim: no CMO, saem barracas, mas 2 resistem em cadeiras

Sem barracas no local, equipe retira madeiras, caixotes, fiação elétrica e placas que ficaram para trás

Silvia Frias e Mariely Barros | 10/01/2023 12:00
Em frente ao CMO ainda restava material que fez parte do acampamento, montado há 71 dias. (Foto: Henrique Kawaminami)
Em frente ao CMO ainda restava material que fez parte do acampamento, montado há 71 dias. (Foto: Henrique Kawaminami)

O desmonte do acampamento dos bolsonaristas em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) está sendo feito em etapas, desde que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a dissolução das manifestações em frente aos quartéis. Hoje, no que deve ser a ação derradeira, ainda há escombros e resistência na Avenida Duque de Caxias.

A notificação da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) foi afixada ontem, no fim da manhã. Apesar de a estrutura ainda estar montada, o grupo era reduzido. Uma empresa particular retirou as lonas que haviam sido instaladas, restando 12 barracas no local, que começaram a ser desmontadas ao longo do dia de ontem e hoje.

Material sendo recolhido por equipe da Solurb. (Foto: Henrique Kawaminami)
Material sendo recolhido por equipe da Solurb. (Foto: Henrique Kawaminami)

Hoje, a equipe da Deops chegou cedo para o cumprimento da decisão. Logo de manhã ainda foram encontrados bolsonaristas que dormiram no local. Neste momento, além de algumas tendas, ainda restava banheiro químico que seria levado.

Quatro viaturas e duas motocicletas da PM (Polícia Militar) acompanham o trabalho da equipe da Solurb, concessionária de lixo da cidade, que recolhia o que ficou para trás: caixotes, pedaços de madeira e fiação elétrica, material usado na estrutura do acampamento, além de restos de placas, cartazes e faixas em que constava o protesto do grupo, como contagem dos votos, intervenção militar e contra o comunismo.

Pedaços de madeira e faixas que ficaram para trás. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pedaços de madeira e faixas que ficaram para trás. (Foto: Henrique Kawaminami)

Dois caminhões estão sendo usados para recolher o amontado de lixo que fico no canteiro, em frente ao CMO. Tudo está sendo descartado no lixão destinado a restos de material de construção. O trabalho ainda deve durar até o início da tarde, já que os veículos vão e voltam. Ficou para trás, também, o canteiro na terra batida, já que a grama foi destruída em alguns pontos.

No local, um homem e uma mulher permanecem e acompanham a retirada do que foi o acampamento montado há 71 dias. Sem entrevista formal, se limitaram a dizer que vão continuar no local, em resistência tímida, sentados em cadeiras de plástico.

A decisão do STF determina a desocupação e dissolução total dos acampamentos, além de proibir a obstrução de vias e prédios públicos, ação consequente da invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do STF no último domingo.

Os dois últimos manifestantes em frente ao CMO, resistência sob o sol e na cadeira de plástico. (Foto: Henrique Kawaminami)
Os dois últimos manifestantes em frente ao CMO, resistência sob o sol e na cadeira de plástico. (Foto: Henrique Kawaminami)
Área já desocupada em frente ao CMO, na Avenida Duque de Caxias. (Foto: Henrique Kawaminami)
Área já desocupada em frente ao CMO, na Avenida Duque de Caxias. (Foto: Henrique Kawaminami)


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