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Capital

Ainda à espera de Justiça, família de garoto morto em lava jato prepara protesto

Viviane Oliveira | 02/03/2017 08:43
Mãe, familiares e amigos fizeram protesto no dia 18 de fevereiro pedindo por Justiça (Foto: André Bittar)
Mãe, familiares e amigos fizeram protesto no dia 18 de fevereiro pedindo por Justiça (Foto: André Bittar)

Familiares e amigos de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, que morreu no dia 14 de fevereiro após ser ferido com uma mangueira de ar comprimido em um lava jato, farão mais um protesto. Dessa vez é para pedir uma resposta da Justiça que, por duas vezes, por falta de consenso negou a prisão dos autores.

Segundo Elson Ferreira Silva, 52 anos, tio da vítima, a manifestação está marcada para às 14h em frente à Praça Esportiva Belmar Fidalgo, que fica na Rua Dom Aquino, nº 2.536, no Centro. Com cartazes, faixas e camisetas com a foto de Wesner, os manifestantes pretendem ir até o Fórum. “Vamos pedir por Justiça. É só isso que queremos. A gente quer que os acusados paguem pelo crime que cometeram”, diz.

A falta de consenso sobre a natureza do crime - lesão corporal grave ou homicídio doloso - fez com que a Justiça negasse a prisão dos autores, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do estabelecimento, e Willian Henrique Larrea, 30 anos.

O impasse resultou em um conflito negativo de jurisdição. Sendo assim, o Tribunal de Justiça deverá decidir sobre quem vai analisar a situação, conforme a natureza dela.

Crime - O crime foi denunciado pelo primo da vítima no dia 3 de fevereiro. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus dele.

Wesner ficou internado durante 11 dias na Santa Casa, passou por várias cirurgias e morreu no dia 14 de fevereiro. Ele teve uma hemorragia grave e uma parada cardiorrespiratória. No dia 18 de fevereiro, a família e amigos da vítima fizeram protesto na praça Ary Coelho. Eles clamaram por justiça.

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