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Capital

Ameaçados pelo PCC, presos fazem motim e pedem para serem transferidos

Nyelder Rodrigues e Yarima Mecchi | 14/12/2016 20:17
Armas artesanais foram apreendidas com os presos que participaram do motim (Foto: Direto das Ruas)
Armas artesanais foram apreendidas com os presos que participaram do motim (Foto: Direto das Ruas)

O Pavilhão 6 do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande foi palco de um motim de 33 detentos nesta quarta-feira (14). Munidos de armas artesanais, eles se recusaram a voltar para as celas, alegando estarem sendo ameaçados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). O grupo pediu também para ser transferido do local.

Conforme apurado pela reportagem, os presos são integrantes da facção carioca Comando Vermelho, ex-aliada dos paulistas do PCC, mas que recentemente romperam a parceria. O motivo do fim do acordo é a disputa pelo controle da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, local fundamental para o crime organizado.

Os 33 detentos dizem que foram expulsos do local pelo PCC, afirmando saber também que haviam celas serradas para facilitar a saída de presos ligados ao PCC para executar os internos ameaçados.

Apesar dos presos estarem armados, não houve confronto com agentes penitenciários, que conseguiram controlar a situação. Como não houve reféns, nem maior resistência dos presos, o motim não evoluiu para rebelião.

A informação sobre motim foi confirmada pelo diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Airton Stropa. Ele também confirma que os presos foram transferidos de pavilhão, e ainda não descarta que eles sejam levados em breve para outra unidade do sistema penitenciário.

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