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Capital

Anvisa faz devassa em prontuários e ouve testemunhas sobre mortes

Lidiane Kober e Filipe Prado | 21/07/2014 18:47

Em busca de uma explicação para a morte de três pacientes de quimioterapia da Santa Casa, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fez devassa em prontuário e ouviu pelo menos três testemunhas, nesta segunda-feira (21).

Os trabalhos começaram 9h e seguiram até as 17h48, nem para o almoço os quatro representantes do órgão e quatro médicos da Santa Casa saíram da sala de reuniões. Lá, eles receberam documentos para análise e ouviram funcionários do setor de oncologia.

O plano é fazer uma radiografia de tudo o que aconteceu com os pacientes até chegar as causas da mortes. Neste sentido, será analisada desde a fabricação a manipulação dos medicamentos. O histórico das vítimas será outra parte da investigação.

Amanhã (22), a série de reuniões volta a partir das 8h e os técnicos da Anvisa seguirão na cidade até quarta-feira (23).

Até agora, quatro pessoas apresentaram reação alérgica ao uso do medicamento cinco fluoracil (5-FU), usado no combate ao câncer do intestino, e com o lelcovorin (ácido folínico, que potencializa os efeitos do primeiro), na Santa Casa. Do total, três acabaram morrendo.

Duas das vítimas foram identificadas como Carmen Insfran Bernard, 48 anos, e Norotilde Araújo Greco, 72. Ambas realizaram sessões de quimioterapia na Santa Casa entre os dias 24 e 28 de junho. Uma terceira pessoa que não teve a identidade divulgada também morreu. Um dos pacientes teve recaída, mas seu quadro já apresentou melhora e ele está em observação.

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