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Capital

Apartamentos na esplanada atenderão famílias com renda de até R$ 9 mil

Em março, a Prefeitura investiu R$ 10 milhões em terrenos; custo das áreas eleva o nível do empreendimento

Lucas Junot | 15/05/2017 15:20
Ilustração exemplifica o conceito de fachada ativa,
que será adotado para habitação no Centro de Campo Grande (Foto: Reprodução/PMSP)
Ilustração exemplifica o conceito de fachada ativa, que será adotado para habitação no Centro de Campo Grande (Foto: Reprodução/PMSP)

O projeto habitacional que integra as ações a serem executadas com empréstimo de US$ 56 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), no programa Reviva Centro, na área da esplanada ferroviária, contemplará beneficiários com renda familiar mensal entre R$ 4 mil e R$ 9 mil. A estimativa é da coordenadora de projetos especiais da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadim.

Diferente das unidades habitacionais populares, segundo Catiana, no Centro serão construídos entre 350 e 400 apartamentos. “É um projeto diferenciado, não é popular, até por conta dos valores das áreas adquiridas, o que encarece o empreendimento”, explica.

Em março deste ano, a Prefeitura investiu R$ 10 milhões na aquisição de áreas, até então desconhecidas, para o projeto habitacional piloto, que deverá custar R$ 40 milhões. A ideia, segundo a coordenadora, é edificar um complexo multiuso, que envolve comércio, serviço e habitação de todo o Centro.

“A Prefeitura entra com cerca de R$ 10 milhões para adquirir as áreas e o parceiro privado executará o projeto, dentro das diretrizes pré-estabelecidas pelo município”, explicou Catiana.

Na prática, parceiros privados serão convocados a apresentarem seus projetos e a Prefeitura escolherá o que mais se adequar à proposta. “Vamos exigir, por exemplo, que seja empregado o conceito de fachada ativa e consorciar usos”, antecipa.

O novo parâmetro urbanístico, segundo a arquiteta, vai criar espaços mais dinâmicos dos passeios públicos em interação com atividades instaladas nos térreos das edificações a fim de fortalecer a vida urbana nos espaços públicos.

O projeto - O Reviva Centro, que prevê a revitalização do Centro de Campo Grande, por meio de empréstimo de cerca de R$ 178 milhões (valores atualizados) foi assinado na última sexta-feira (12), quase nove anos depois de ser apresentado.

A previsão é que a obra comece em outubro e dure 20 meses, segundo Catiana Sabadin. O chamado embutimento dos fios da Rua 14 de Julho – a fiação passará a ser subterrânea – será o marco inicial das diversas ações previstas.

Conforme o chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD), a licitação para contratação de empresa sairá em um mês. “Mais que uma conquista, uma realização. Essa revitalização do quadrilátero central irradiará para todos os bairros da nossa Campo Grande. Estamos reconstruindo a cidade e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos”, disse.

O Reviva Centro, que também tem apoio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), engloba a revitalização da 14 de Julho, o projeto habitacional e a requalificação dos passeios públicos no entorno do Marcado Municipal, Horto Florestal, Pensão Pimentel e Camelódromo.

O primeiro trecho, contemplará a 14 de Julho, entre a Rua 7 de setembro e Avenida Mato Grosso. Dentre os principais pontos do projeto, além do embutimento dos fios e retirada dos postes, há a redução no tráfego de veículos para duas faixas e a retirada da circulação de ônibus pela via, além do retorno de relógio histórico na 14 com Afonso Pena.

A medida possibilitará ampliar calçadas de três para 4,2 metros com recuos para embarque e desembarque de passageiros e cargas. Áreas de descanso com bancos, árvores e painéis que garantam o conforto de pedestres contra as altas temperaturas durante o dia também estão previstos.

Acessibilidade – O restante dos recursos serão empregados na requalificação dos passeios públicos no entorno do Marcado Municipal, Horto Florestal, Pensão Pimentel e Camelódromo, integrando -os à Orla Ferroviária e à 14 de Julho. “A ideia é padronizar o mobiliário, promover acessibilidade e criar um circuito 'caminhável' para que as pessoas fiquem mais tempo no Centro”, completa a coordenadora.

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