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Capital

Reviva Centro sai do papel este ano, com fiação subterrânea na 14 de Julho

Lucas Junot | 08/03/2017 07:16
Fios e postes na Rua 14 de Julho; tudo ficará sob a terra, sendo marco inicial do Reviva Centro (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Fios e postes na Rua 14 de Julho; tudo ficará sob a terra, sendo marco inicial do Reviva Centro (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Quase nove anos depois de apresentado, o Projeto Reviva Centro, que prevê a revitalização do Centro de Campo Grande, por meio de recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), volta a ter perspectivas reais de sair do papel. O chamado embutimento dos fios da Rua 14 de Julho – a fiação passará a ser subterrânea – será o marco inicial das diversas ações previstas.

De acordo com a coordenadora da Central de Programas e Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin, esta semana serão enviados os balanços financeiros à Secretaria do Tesouro Nacional, último requisito para assinatura do contrato, que deve ocorrer ainda este mês.

“Já estamos com tudo pronto. Já temos a minuta do contrato e, seguindo o trâmite, licitaremos a obra neste semestre para até outubro já estarmos desembolsando os recursos para execução do projeto”, afirma Catiana.

O primeiro trecho, contemplará a 14 de Julho, entre a Rua 7 de setembro e Avenida Mato Grosso. Dentre os principais pontos do projeto, além do embutimento dos fios e retirada dos postes, há a redução no tráfego de veículos para duas faixas e a retirada da circulação de ônibus pela via, além do retorno de relógio histórico na 14 com Afonso Pena.

A medida possibilitará ampliar calçadas de três para 4,2 metros, com recuos para embarque e desembarque de passageiros e cargas. Áreas de descanso com bancos, árvores e painéis que garantam o conforto de pedestres contra as altas temperaturas.

O Reviva Centro, que tem apoio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) engloba também um projeto piloto de habitação, que pode absorver R$ 40 milhões para um complexo multiuso, que envolve comercio, serviço e habitação de toda a região central.

A coordenadora dos projetos especiais revela que serão construídas entre 350 e 400 unidades habitacionais, por meio de parceria público-privada. “Serão investidos cerca de R$ 10 milhões para adquirir as áreas e o parceiro privado executará o projeto”, explica. A prefeitura não quer divulgar a localização do empreendimento para não gerar especulação imobiliária.

Depois disso, o recurso que sobrar será empregado na requalificação dos passeios públicos no entorno do Marcado Municipal, Horto Florestal, Pensão Pimentel e Camelódromo, integrando-os à Orla Ferroviária e à 14 de Julho. “A ideia é padronizar o mobiliário, promover acessibilidade e criar um circuito 'caminhável' para que as pessoas fiquem mais tempo no Centro”, completa.

Catiana e Lacerda; faltam detalhes para Reviva Centro, de fato, sair do papel (Foto: Marcos Ermínio)
Catiana e Lacerda; faltam detalhes para Reviva Centro, de fato, sair do papel (Foto: Marcos Ermínio)

Atraso - No ano passado, os senadores Waldemiar Moka (PMDB) e Pedro Chaves (PSC) chegaram a anunciar a aprovação do empréstimo de US$ 56 milhões na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Contudo, a inclusão de Campo Grande no Cadin (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal), segundo o secretário municipal de Governo, Antônio Cezar Lacerda, atrasou o trâmite.

Essa restrição impedia que a prefeitura conseguisse qualquer linha de crédito em bancos nacionais e internacionais, fato que só foi revertido no início de fevereiro deste ano.

Na prática – O primeiro passo efetivo na mudança da “cara do Centro” de Campo Grande se deu efetivamente em 2012, quando os estabelecimentos tiveram que mudar suas fachadas para atender os requisitos do programa Cidade Limpa.

Nas duas primeiras etapas, foram compreendidos os estabelecimentos comerciais entre as ruas Afonso Pena, Alan Cardec, Dom Aquino, Ernesto Geisel, Mato Grosso, Calógeras, Rui Barbosa e 14 de Julho; Depois foi a vez dos lojistas da Mato Grosso, rua Padre João Crippa, avenida Afonso Pena, rua Pedro Celestino, avenida Fernando Corrêa da Costa, rua Rosa Cruz, avenida Ernesto Geisel, Afonso Pena e Rui Barbosa se adequarem. No total 2.060 mil lojas despoluíram suas fachadas por determinação da prefeitura.

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