Após 24h, passageiros de ônibus seguem divididos sobre retirada de máscaras
Desde ontem, o uso da proteção facial é facultativo em qualquer ambiente da cidade
Vinte e quatro horas depois da queda da obrigatoriedade de uso de máscaras no transporte coletivo de Campo Grande, a população segue dividida, incluindo os motoristas dos ônibus.
No ponto em frente ao Shopping Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, a reportagem verificou que quatro condutores já dispensaram as máscaras, enquanto três mantinham o uso.
Entre os passageiros, há quem aponte a medida como precipitada e há quem comemore. Lauren Santos, 19 anos, conta que vai seguir usando máscara no ônibus e no supermercado. “Os ônibus são muito lotados”, afirma.
Anne Paulino, 23 anos, supervisora de vendas, segue usando e acredita na conscientização da pessoa. “Estou com sintomas de gripe. Não acho justo não usar máscara, pois poderia transmitir para outras pessoas”. Ela manteve o uso de máscaras no transporte coletivo, ônibus e igreja.
A turismóloga Karolina Abedala, 25 anos, relata que avalia caso a caso. Ela estava com a proteção facial e, a depender da lotação do ônibus, decide se embarca com ou sem a máscara.
“Mesmo a gente percebendo que é uma situação mais controlada, ainda temos riscos. Tomei as vacinas e fico mais tranquila”.
O vendedor Lucas Martinez, 19 anos, avalia que a medida foi precipitada. “Não deveria ter tirado. Ainda é necessário porque a covid está presente”.
A vendedora Meire Ellen dos Santos, 31 anos, opina que estava passando da hora de o poder público derrubar a exigência. “Graças a Deus que liberaram”.
Neuci Gonçalves, 63 anos, também defende que não há mais necessidade. “Estamos num ambiente que a disseminação está mais controlada. No ônibus não vou usar mais, já vim sem”.
Publicado ontem, decreto da prefeitura de Campo Grande determina que o uso de máscara de proteção facial é facultativo em qualquer ambiente de circulação pública, aberto ou fechado.
A medida foi tomada por redução expressiva do número de casos graves confirmados de covid-19 e a queda da taxa de internação em hospitais públicos e privados.
Outro ponto destacado foi a cobertura vacinal: 84,86% da população total com a primeira dose; 79,42% da população com esquema primário completo (duas doses ou dose única) e 40,71% da população com 18 anos ou mais com dose de reforço.