Após anos de abandono, Clube Atlântico garante que vai reabrir no verão
Fechado desde a pandemia, espaço precisa ser licenciado e passar por reforma para voltar a funcionar
Para o próximo verão o Balneário Atlântico, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, deve voltar a funcionar. Sócio do clube, Jorge Márcio Ignácio Nigres, assinou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul para que acelere o processo de licenciamento ambiental do espaço.
Inaugurado na década de 70, o balneário serviu por muito tempo como ponto de encontro e de eventos de políticos e famílias mais abastadas de Campo Grande. Nos anos 2000, o parque aquático acabou sendo muito falado devido acidentes com mortes que ocorreram por lá – três entre 2000 e 2006 – mas continuou aberto e sendo frequentado, apesar da menor procura.
Em 2020, com a pandemia, não foi mais possível manter as atividades, o local ficou praticamente abandonado e ainda foi alvo de investigações por rebaixamento do nível de água (nenhuma irregularidade foi identificada) e o lago de lá quase foi usado, no ano de 2021, como fornecedor de água para Campo Grande diante da crise hídrica por causa da estiagem.
O Campo Grande News esteve no parque, que está desativado. A aparência é de local totalmente abandonado e de fato, a manutenção tem sido mínima. Entretanto, há segurança todos os dias para impedir que as pessoas acessem o lago. Nigres avalia que será preciso investir ao menos R$ 1 milhão para que a área seja reativada e põe expectativa de que entre dezembro deste ano e janeiro de 2024, o balneário volte a funcionar.
“Vamos fazer como já estávamos fazendo, que é pelo sistema de day use. Vamos colocar segurança, com bombeiros e manter a divisão do lago para banhistas de um lado e jet ski do outro”, disse.
Entre os anos de 2020 e 2022 os outros dois sócios do parque aquático morreram. Dos herdeiros, um vendeu sua parte para Nigres e o outro se prepara para ser sócio do clube também.
Jorge conseguiu na Justiça o direito de ser nomeado como administrador judicial provisório, porque a área também se trata de espólio, e foi preciso recorrer ao judiciário para conseguir destravar o licenciamento ambiental. “Já estamos contratando o engenheiro para dar andamento ao licenciamento junto à prefeitura”, destacou o empresário.
O espaço do clube é privado, mas dá acesso ao bairro Jardim Atlântico, onde uma centena de famílias moram, além de haver chalés e casas para aluguel ou uso por dia.
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