Assustados com morte brutal, vizinhos testemunharam discussões constantes
Entre os vizinhos que acompanharam na noite de ontem (14) a confusão que terminou na morte de Amarido Flavio Tomazin, 47 anos, no Jardim Colibri, o silêncio e o medo predominam. No entanto, muitos afirmam que confusões e brigas eram constantes na casa.
Uma das vizinhas, que pediu para não ser identificada, conta que o corpo de Amarildo ficou caído em frente da casa dela. Ela explica que jantava quando ouviu quatro tiros e depois mais dois. “Eu me tranquei em casa com as pessoas que estavam aqui e esperei porque não sabia o que tinha acontecido”, conta.
Depois de sair de casa, a mulher viu o corpo de Amarildo e lembra que sempre havia confusão na casa. “Eles sempre bebiam aqui”, conta ela ressaltando que a imagem do homem morto vai ficar marcada na memória. “Eu nunca vi uma coisa tão horrível como essa de ontem”, completa.
Marcas de sangue e sapatos, que indicam a correria ocorrida no local, ainda estão em frente da casa. Fitas usadas pela Polícia Militar para isolar o local permanecem em frente da casa.
Crime - Conforme a Polícia Civil, Amarildo e Elys Camargo Nogueira, 26 se separaram há 1 ano e desde então ele ameaçava a jovem de morte. Ela chegou a procurar a polícia e pediu medidas protetivas, mas não deu andamento ao processo.
Por volta das 20 horas de ontem (14), Amarildo foi até a casa de Elys onde estavam o irmão dela Wesley Camargo Fidencio, 27 anos, a mãe Guiomar Camargo Fidencio e a irmã de Amarildo, Marilus de Fátima Tomazin Santos, 43 anos.
Uma discussão teve início entre Elys e Amarildo e o ex-marido tentou levar a jovem a força para dentro de um táxi que estava estacionado em frente da casa. A jovem se recusava a acompanhar o homem e diante das agressões, o irmão Wesley sacou uma arma e atirou contra Amarildo. Depois do crime, o irmão de Elys fugiu do local em uma moto.
Enquanto Amarildo ainda estava caído no chão da casa, Elys com ajuda da mãe e da irmã da própria vítima usaram uma barra de ferro conhecida como “pé de cabra” para dar golpes na cabeça do homem, que segundo relato das mulheres ainda estava vivo.