Autora de ação, Defensoria pede que Justiça mantenha lixão fechado
A Defensoria Pública também é contra o pedido da prefeitura de Campo Grande para que o fechamento do lixão seja prorrogado por 30 dias. A solicitação foi feita à Justiça na última segunda-feira (dia 29), um dia depois de a área de transição ser fechada. O local, onde o lixo é descartado para que os catadores autônomos façam a coleta, foi reaberto em dezembro de 2012 a pedido da Defensoria.
Agora, passados quatros anos e com a UTR (Usina de Tratamento de Resíduos) pronta, o defensor Amarildo Cabral aponta que o local é insalubre e traz danos à saúde, por meio de contaminação do solo, poluição do ar, mau cheio, presença de insetos transmissores de doença. Além da morte de uma criança em 2011.
O MPE (Ministério Público do Estado) também é contra a terceira prorrogação para fechar o lixão. O local foi fechado no último dia 28. Ontem, catadores bloquearam a BR-262, em frente ao bairro Dom Antônio Barbosa, em protesto. Eles alegam que a usina, atualmente com 88 pessoas, não comporta as mais de 700 pessoas que têm o lixo como fonte de renda.
O consórcio CG Solurb, que obteve na Justiça a ordem para fechar a área de transição do lixão, informa que a UTR pode receber os autônomos, desde que se organizem em cooperativas. Ontem à tarde, a coleta do lixo chegou a ser suspensa devido ao protesto.