Cães não acham vestígio e perícia vai aplicar luminol em casa de desaparecida
Graziela está desaparecida há 45 dias; marido foi preso, mas nega crime
A busca com três cães farejadores terminou sem encontrar vestígios de Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, desaparecida há 45 dias, em Campo Grande. A perícia vai retornar à noite ao imóvel onde ela morava para aplicação de luminol. A substância indica locais em que há sangue, mesmo não visível a olho nu.
Na manhã desta quarta-feira, os cães foram levados à edícula de três cômodos (quarto, sala e banheiro), no Bairro Jóquei Clube, em Campo Grande, onde a vendedora morava com o marido Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos. Ele está preso desde 19 de abril na condição de principal suspeito pelo sumiço de Graziela, mas nega ter cometido crime.
O trabalho exigiu a presença de três farejadores porque é feito um sistema de contraprova. Caso algum cão lata em determinado ponto, outro também passa pelo ambiente. Mas hoje, não foi localizado nada. Os cachorros são especializados para detectar a presença de pessoas, vivas ou mortas.
Atração - No local, o trio canino de especialistas do Corpo de Bombeiros - Cindy, da raça labrador, Mali (pastor alemão) e Laika (pastor holandês) - chamou a atenção da vizinhança. A labradora Cindy foi a mais procurada para fotos. A cachorra foi levada a Minas Gerais e encontrou um corpo nove meses depois da tragédia do rompimento da barragem de resíduos de minério em Brumadinho. O cão é capaz de sentir odor 40 vezes mais do que uma pessoa.
A perícia também avaliou a estrutura do imóvel, à procura de marcas em paredes e terra remexida, principalmente perto de uma fossa no terreno. O casal morava na edícula há dois anos e meio e, segundo os vizinhos, tinha uma rotina tranquila, sem brigas que chamassem a atenção.
Rômulo Rodrigues Dias está preso desde 19 de abril. Nesta semana, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, decretou mais 30 dias de prisão temporária, a pedido da Polícia Civil.