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Capital

Cães não acham vestígio e perícia vai aplicar luminol em casa de desaparecida

Graziela está desaparecida há 45 dias; marido foi preso, mas nega crime

Aline dos Santos e Clayton Neves | 20/05/2020 11:59
Cães farejadores do Corpo de Bombeiros não encontraram vestígio de mulher desaparecida. (Foto: Henrique Kawaminami)
Cães farejadores do Corpo de Bombeiros não encontraram vestígio de mulher desaparecida. (Foto: Henrique Kawaminami)

A busca com três cães farejadores terminou sem encontrar vestígios de Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, desaparecida há 45 dias, em Campo Grande. A perícia vai retornar à noite ao imóvel onde ela morava para aplicação de luminol. A substância indica locais em que há sangue, mesmo não visível a olho nu.

Na manhã desta quarta-feira, os cães foram levados à edícula de três cômodos (quarto, sala e banheiro), no Bairro Jóquei Clube, em Campo Grande, onde a vendedora morava com o marido Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos. Ele está preso desde 19 de abril na condição de principal suspeito pelo sumiço de Graziela, mas nega ter cometido crime.

O trabalho exigiu a presença de três farejadores porque é feito um sistema de contraprova. Caso algum cão lata em determinado ponto, outro também passa pelo ambiente. Mas hoje, não foi localizado nada. Os cachorros são especializados para detectar a presença de pessoas, vivas ou mortas.

Atração - No local, o trio canino de especialistas  do Corpo de Bombeiros - Cindy, da raça labrador, Mali (pastor alemão) e Laika (pastor holandês) - chamou a atenção da vizinhança. A labradora Cindy foi a mais procurada para fotos.  A cachorra foi levada a Minas Gerais e encontrou um corpo nove meses depois da tragédia do  rompimento da barragem de resíduos de minério em Brumadinho. O cão é capaz de sentir odor 40 vezes mais do que uma pessoa.

A perícia também avaliou a estrutura do imóvel, à procura de marcas em paredes e terra remexida, principalmente perto de uma fossa no terreno. O casal morava na edícula há dois anos e meio e, segundo os vizinhos, tinha uma rotina tranquila, sem brigas que chamassem a atenção.

Rômulo Rodrigues Dias está preso desde 19 de abril. Nesta semana, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, decretou mais 30 dias de prisão temporária, a pedido da Polícia Civil.

Graziela está desaparecida desde 5 de abril em Campo Grande. (Foto: Reproução/Facebook)
Graziela está desaparecida desde 5 de abril em Campo Grande. (Foto: Reproução/Facebook)


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