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Capital

Cobrando resposta, terceirizados da Omep e Seleta seguem com protestos

Os manifestantes se revezam em frente ao Paço Municipal e Fórum

Mayara Bueno e Amanda Bogo | 21/12/2016 09:00
Manifestantes seguem em acampamento na frente do Fórum. (Foto: Fernando Antunes)
Manifestantes seguem em acampamento na frente do Fórum. (Foto: Fernando Antunes)

Funcionários contratados via Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária continuam em protesto contra o que chamam de descaso e humilhação. Nesta quarta-feira (21), eles se revezam entre manifestações em frente ao Fórum de Campo Grande, onde estão acampados, e no Paço Municipal, onde prometem permanecer até conseguir falar com alguém.

O rompimento dos convênios e a consequente demissão foi ordem da Justiça, depois da descoberta de uma série de ilegalidades, como funcionários fantasmas mantidos pela verba pública municipal dos convênios.

“Não temos nenhuma informação, só o que a mídia está veiculando”, afirmou Deise Adriana Gomes Soares, 40 anos, ex-funcionária da Seleta, que atuava na SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), onde estava há nove anos.

Ela se diz a favor das demissões e fim dos convênios, mas defende que os direitos trabalhistas, com as rescisões respectivas sejam pagas. No protesto em frente à Prefeitura, são esperadas de 200 a 300 pessoas, afirma.

Deise trabalhava por meio dos convênios há nove anos. (Foto: Fernando Antunes)
Deise trabalhava por meio dos convênios há nove anos. (Foto: Fernando Antunes)

No Fórum, outro grupo se reveza em escala de plantão mesmo, para pressionar em busca de uma solução. Eles afirmam que passam frio e sofrem com chuva, contando com doação de quem passa por lá para comer. Alguns desistiram da manifestação por não ter dinheiro para a passagem de ônibus, contam.

Bruno Roberto dos Santos Junior, 30 anos, foi demitido mês passado e a esposa Magna Maria Braga, 34 anos, que trabalhava no Cetremi deixou o trabalho nesta semana. “O prefeito está iludindo eles. Fala que vai fazer, mas não faz. É um ato criminoso do Bernal (Alcides Bernal, prefeito da Capital). Como não tinha dinheiro em caixa para pagar segurou a situação para a próxima gestão resolver”, afirma Bruno.

Para Aparecida Olinda, 42 anos, a situação atual traz um “constrangimento enorme” e “humilhação muito grande”. Diante das notícias de servidores fantasmas, os terceirizados que de fato trabalhavam cobram soluções das autoridades.

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